Cada vez mais as empresas trabalham para promover a inclusão no ambiente de trabalho. Atualmente, essa não é mais uma questão somente de desenvolvimento social, mas também de estratégia dos negócios. De acordo com estudo da consultoria de riscos, benefícios e saúde Aon, até 2030, 43% da força de trabalho mundial será formada por minorias.
Para o presidente da Aon Brasil, Marcelo Munerato de Almeida, com essa previsão, surge dentro das empresas uma necessidade de agir para acomodar as demandas desses perfis profissionais. “Já está provado que ações de promoção da diversidade e inclusão melhoram o desempenho financeiro das empresas, possibilitando acelerar os processos de inovação por meio da variedade de pontos de vista”, explica.
De acordo com o estudo, se um membro de uma equipe possui características em comum com os clientes, toda a equipe compartilha um entendimento mais profundo desse cliente. Por isso, equipes com origens sociais diversas têm 45% mais chances de trazerem crescimento de mercado para as suas empresas e 70% mais chances de conquistarem novos mercados.
Além disso, colaboradores inseridos em culturas organizacionais que valorizam múltiplas opiniões e pontos de vista possuem 3,5 vezes mais chances de desenvolver plenamente seus potenciais para a inovação. “É crucial para o futuro dos negócios que as companhias continuem buscando proativamente diversificar suas bases de talentos”, afirma Almeida.
Para ele, o fator cultural é determinante. “O ambiente corporativo precisa de diversidade de gênero, etnia e orientação sexual. Mas para que essa percepção se multiplique, ela deve estar presente na cultura organizacional, partindo da liderança.”
O estudo indica que quando os líderes são capazes de dar a mesma atenção para opiniões diversas, eles estão duas vezes mais propensos a desenvolver ideias que trazem valor para os negócios. “As empresas precisam garantir que todos os colaboradores sejam ouvidos, tornando o ambiente de trabalho acolhedor para novas ideias, oferecendo aos membros das equipes autonomia para tomar decisões, compartilhando os créditos pelo sucessos e oferecendo feedbacks”, diz o executivo.
Diversidade e inclusão
A Aon realiza uma ação global para se certificar que o desenvolvimento da diversidade e inclusão, faça parte da estratégia de negócios nos 120 países onde a companhia atua. “Estamos buscando ativamente aumentar a diversidade da nossa força de trabalho, atraindo e mantendo os melhores talentos por meio de programas de recrutamento e seleção e dentro do nosso planejamento de sucessão”, detalha.
Com isso, a companhia já registra, por exemplo, uma participação maior de mulheres em cargos de liderança. Atualmente, dos 2 mil funcionários da Aon no Brasil, 65% são mulheres. Dos oito membros que compõem o Comitê Executivo da companhia, três são mulheres. Em cargos de direção e gerência, 25% são mulheres.
“Estamos buscando ativamente melhorar esses números, mas para nós eles já representam os primeiros resultados de ações concretas para promover a igualdade no ambiente de trabalho. Nós queremos nos assegurar de que a diversidade e a inclusão estejam presentes em todos os aspectos da nossa estratégia de atração de talentos para que possamos continuar a mover nosso negócio, nossa indústria e nossa sociedade para a frente”, conclui Munerato.