O XII Seminário Internacional de Gerência de Riscos, organizado pela ABGR, em São Paulo, reúne especialistas para mostrar a realidade atual do gerenciamento de riscos nas mais diversas carteiras, passando por saúde, agronegócios, D&O, grandes riscos e inovação.
O seguro de D&O deve sofrer alterações no mês de novembro, por conta da circular 553. Entre as mudanças está a volta da possibilidade de venda deste seguro para pessoas físicas. “Até dois anos atrás, as companhias comercializavam este tipo de produto. Elas saíram porque o produto se tornou inviável”, explicou Mauricio Bandeira, da AON.
Após algumas mudanças sugeridas pelo mercado de seguros, a nova regulamentação deve entrar em vigor a partir de 19 de novembro. “Estamos trabalhando para nos adaptarmos às novas regras. A grande mudança é a possibilidade de cobertura para multas, que existia no passado e que volta agora”, contou Flávio Sá, diretor da AIG. Em relação aos produtos capazes de serem contratados por pessoas físicas, ele acredita que a partir do segundo semestre de 2018 eles possam estar disponíveis.
Estas “pessoas físicas” podem ser executivos que não contam com proteção da empresa ou conselheiros independentes de mais de uma empresa, pois eles não contam com a proteção da apólice corporativa.
Apesar de estarmos em momento econômico delicado, Sá acredita que haja espaço para o seguro D&O, justamente por sua característica de proteção ao patrimônio pessoal dos executivos.
Na palestra sobre inovação, Richard Jinks, da XL Catlin, mostrou como serão os riscos do futuro, a partir da utilização de novas tecnologias. Entretanto, o que interessava mais aos participantes era saber a aplicabilidade da tecnologia para o gerenciamento de risco.
Jinks mostrou que com o uso da Internet das Coisas já é possível, por exemplo, transmitir informações em tempo real de galpões, através de imagens captadas por sensores acoplados a empilhadeiras sem motorista, que circulam o tempo todo pela área. “Com estas informações é possível montar um mapa 3D do local a partir de qualquer lugar e observar as vulnerabilidades. A conectividade é o grande desafio”, prevê Jinks.
Kelly Lubiato
Revista Apólice