Embora os preços das mensalidades dos planos de saúde sejam definidos hoje basicamente pela faixa etária, os diferentes estilos de vida dos beneficiários possuem impacto direto sobre o aumento do custo do serviço. Prova disso é que, de acordo com a Agência Nacional da Saúde (ANS), indivíduos que têm no estilo de vida fatores de risco para doenças gastam, em média, 16% a mais com saúde do que a população em geral.
E o que seriam tais fatores de risco? Sedentarismo, tabagismo, excesso de consumo de álcool, além de escolhas alimentares equivocadas, que podem desencadear uma série de doenças crônicas, cardiovasculares, cânceres, diabetes, entre outras. Segundo estudo do IBGE, 56,9% das pessoas – o que representa mais de 82 milhões – está com sobrepeso, sendo 20,8% destes obesos.
“Essas enfermidades provocam grande pressão sobre os serviços de saúde pelo aumento das taxas médias de permanência em hospitais e elevação do consumo de materiais e medicamentos”, afirma Marcelo Alves, diretor de uma corretora especializada no segmento de seguros e planos de saúde. “Há também a questão do envelhecimento da população brasileira como outro agravante.”
Diminuição de fatores de risco
Ao assumirem mais responsabilidade em relação à saúde, há uma diminuição de fatores de risco em relação ao desenvolvimento de doenças. “Os pacientes percebem que não precisam depender somente do consultório médico. É possível se conscientizar antes mesmo de alguma enfermidade aparecer para melhorar a rotina por meio de mudanças que elevem a qualidade de vida”, diz o executivo.
Mantenha o hábito
É importante entender que há uma diferença entre simplesmente adotar um comportamento e manter um comportamento. O foco deve estar em sustentar o hábito, uma vez que a ideia não é apenas viver mais, mas sim viver de forma mais saudável. Assim, há uma melhora na condição de saúde da população e, consequentemente, um menor impacto no custo assistencial das operadoras.
L.S.
Revista Apólice