Ultima atualização 09 de fevereiro

Seguradoras divulgam resultados de 2016

Mapfre, Porto Seguro, Chubb e Grupo Bradesco Seguros divulgam seus balanços referentes ao ano de 2016. Confira os números

resultados

Resultados 2016 – As companhias seguradoras deram a largada na divulgação dos balanços referentes a 2016. Confira:

Mapfre: crescimento de 9,4% no lucro

O lucro líquido da Mapfre durante o exercício de 2016 aumentou 9,4%, registrando 775 milhões de euros em um ano que ficou marcado pelo bom comportamento de seus três mercados principais (Espanha, Brasil e Estados Unidos) e pelos resultados da Mapfre Re. É importante destacar que o lucro líquido, descontados os eventos extraordinários e não recorrentes em ambos exercícios, cresceria 41%.

A receita do Grupo foi de 27,9 bilhões de euros, cifra que representa um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior. Os prêmios registraram um aumento de 2,2%, chegando a um total de 22,8 bilhões de euros.

O patrimônio líquido, no fechamento de 2016, superou a marca de 11,4 bilhões de euros, aumento de 10% em relação ao ano anterior, graças ao bom comportamento dos mercados e à evolução positiva das principais divisas (dólar e real). Por outro lado, os ativos totais subiram 7%, situando-se no fechamento do ano em 67,9 bilhões de euros.

O índice combinado, um dos principais indicadores do setor de seguros, proveniente da soma dos índices de sinistralidade e de despesas, melhorou 1,2 ponto no último exercício, alcançando 97,4%.

“O ano de 2016 foi muito positivo para a Mapfre. A nossa estratégia, baseada no crescimento rentável, nos permitiu ter um aumento do lucro de quase 10% e consolidar a nossa posição nos principais mercados”, afirmou Antonio Huertas, presidente da companhia.

Brasil

Os prêmios da Mapfre Brasil somaram R$ 17,4 bilhões (4,6 bilhões de euros), uma redução de 2,2% em relação ao ano anterior.

Os negócios de Global Risks, Rural e Previdência registraram crescimento de 29%, 13% e 12%, respectivamente, e foram os destaques do Grupo.

Por outro lado, seguindo os respectivos mercados, os ramos de Vida e Automóvel apresentaram reduções nos volumes de vendas, quando comparados com 2015.

O resultado antes de impostos de todas as atividades no Brasil somou R$ 3,1 bilhões, valor 1,8% superior a 2015. Já o lucro líquido do Grupo no país foi de R$ 546,6 milhões, com redução de 3,4%, afetado principalmente pela elevação da carga tributária sobre resultados.

“Mais uma vez a operação do Brasil, mesmo diante de um cenário econômico adverso, apresentou bons resultados. Nosso país contribuiu com 20% dos prêmios e 18,5% dos resultados de nosso Grupo”, comentou Wilson Toneto, CEO da empresa no País.

O índice combinado de 94,3% e o ROE (retorno sobre o patrimônio) de 12,0%, também foram destacados pelo executivo. “Seguimos focando na melhora dos resultados, seja pela digitalização de processos e serviços, seja pelo maior rigor na subscrição de riscos e cremos que, ainda com dificuldades no contexto macroeconômico, em 2017 poderemos superar as cifras auferidas em 2016”, conclui Toneto.

Porto Seguro: números do último trimestre

O ano de 2016 foi desafiador para a economia brasileira. A redução do consumo, em especial a queda na venda de veículos novos, e o aumento da violência pressionaram a evolução das vendas e a rentabilidade dos negócios, respectivamente. Apesar disso, a Porto Seguro cresceu nas suas principais linhas de negócio, sendo que diversos segmentos obtiveram boa performance, como os produtos de vida, patrimonial da marca, odontológico, previdência, consórcio e telefonia móvel. A lucratividade da empresa reduziu em função da queda da operação de seguros (-18%), principalmente do automóvel, porém aumentou nos negócios financeiros e de serviços (+15%).

Na operação de seguros, os prêmios auferidos reduziram 2% no 4° trimestre de 2016, mas encerraram o ano com um crescimento de 4%. O número de veículos segurados atingiu 5,5 milhões (+4%). O índice combinado piorou, atingindo 99,4% (+2,3 p.p.) no período e 99,1% (+2,6 p.p.) em 2016, explicado pelo aumento da sinistralidade devido ao aumento do roubo de veículos em algumas regiões do Brasil e da competitividade em função da retração econômica. Por outro lado, o índice de despesas administrativas de seguros recuou em 0,4 p.p., no trimestre e 0,5 p.p. no ano, sendo que os gastos nominais cresceram aproximadamente 1% em ambos períodos, resultado da melhora na eficiência operacional. Nos últimos 5 anos, o índice de despesas administrativas decresceu 1,6 p.p..

As receitas das empresas financeiras e de serviços cresceram 18% no trimestre, intensificadas pelo aumento nas vendas do produto de telefonia móvel e pelo crescimento das receitas das operações de crédito. O indicador de inadimplência (> 90 dias) encerrou o trimestre com o menor patamar do ano, uma redução de mais de 2 p.p. em relação à média de mercado. No ano, o crescimento dos negócios não seguros foi de 8%.

O resultado financeiro apresentou uma queda de 12% no trimestre, impactado pelas posições em ativos de Juro Real + Inflação e pelas posições em renda variável, parcialmente compensado pelo desempenho em juro prefixado, que ficou acima do CDI. A rentabilidade trimestral da carteira (ex previdência) foi de 2,9% (91% do CDI) e de 14,7% (105% do CDI) no ano.

O lucro líquido atingiu R$ 304 milhões no 4 trimestre do ano passado, correspondendo a um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o lucro líquido atingiu R$ 923 milhões, sofrendo uma redução de 9% (vs. 2015). O ROAE atingiu 19,6% no 4T16 e 15,5% em 2016.

Nesse ano a Porto Seguro lançou alguns produtos com o objetivo de acessar novos mercados e diferentes nichos, como os seguros mais acessíveis no segmento de auto (Azul Leve, Azul Popular e Porto Seguro Rastreador Mais Seguro). Além disso, a Porto Seguro aperfeiçoou processos e investiu em plataformas tecnológicas que irão permitir que a Empresa cresça com sustentabilidade.

Principais destaques

  • Receitas totais ficaram estáveis no trimestre e cresceram 4% no ano em comparação ao mesmo período do ano anterior;
  • Redução de 2% nos prêmios auferidos de seguros no quarto trimestre e crescimento de 4% em 2016 (vs. 2015);
  • Lucro líquido no 4T16 de R$ 304 milhões (+3%) e de R$ 923 milhões (-9%) em 2016 (sem business combination);
  • O ROAE atingiu 19,6% (-1,2 p.p.) no trimestre e 15,5% (-3,1 p.p.) no ano (sem business combination);
  • Índice combinado de seguros alcançou 99,4% (+2,3 p.p.) no 4T16 e 99,1% em 2016 (+2,6 p.p.). O índice combinado ampliado foi de 92,7% (+3,3 p.p.) no 4T16 e de 91,8% (+2,2 p.p.) em 2016;
  • Resultado financeiro total de R$ 271 milhões no 4T16 (-12% vs. 4T15) e de R$ 1.219 milhões no ano (+14% vs. 2015);
  • O resultado das aplicações financeiras sem considerar recursos de previdência atingiu R$ 221 milhões no 4T16 (-12% vs. 4T15) e R$ 1.012 milhões em 2016 (+27% vs. 2015), correspondendo a uma rentabilidade de 2,9% (91% do CDI) no trimestre e de 14,7% (105% do CDI) no ano.

Chubb: receita operacional líquida de US$ 1,3 bi no 4º trimestre

Evan Greenberg, chairman e CEO da Chubb, divulgou na sua conferência com os investidores realizada em 1º de fevereiro que a empresa teve “um trimestre muito bom. Isso contribuiu para um excelente ano, tanto nos resultados operacionais como não-operacionais.

A receita operacional líquida do trimestre foi de US$ 1,3 bilhão, ou US$ 2,72 por ação, comparado com US$ 2,38 no ano anterior, um crescimento de 14%. No ano, o capital operacional líquido ficou acima de US$ 4,7 bilhões, ou US$ 10,12 por ação, um crescimento recorde de cerca de 3,5%. O índice combinado de P&C no trimestre foi de 87,6%, comparados com 87,3% no mesmo período do ano anterior. Em 2016, impulsionado por uma receita de subscrição de US$ 3,2 bilhões, o índice combinado foi de 88%, comparado com 87,5% em 2015.

No ano, os prêmios líquidos de P&C e P&C Global, que excluem agricultura, tiveram uma queda de 1% em dólares constantes, excluindo as ações de subscrição relativas à fusão. Neste trimestre, os prêmios de P&C na mesma base permaneceram praticamente inalterados, enquanto os prêmios líquidos de P&C Global cresceram mais de 1%.

Recorde

“Em termos financeiros, tivemos um recorde anual de lucro por ação, excelentes índices combinados, sólido crescimento, e um bom retorno operacional sobre capital próprio”, disse Greenberg. “Operacionalmente, realizamos a maior fusão da história do mercado segurador e administramos com sucesso um esforço de integração global. Ao mesmo tempo, permanecemos focados no nosso principal negócio de subscrição servindo clientes e distribuidores parceiros, mantendo nossos clientes das linhas de produtos empresariais e pessoais nos mesmos níveis e até superiores”.

Greenberg acrescentou que “apesar do nosso ambiente desafiador, a Chubb foi construída para se superar. Nunca estive mais confiante em nossas pessoas e capacidades e estou otimista e simplesmente cheio de energia no que se refere ao futuro da nossa empresa, tanto em 2017 como nos anos vindouros”.

Grupo Bradesco Seguros: faturamento supera R$ 71 bi

O Grupo Bradesco Seguros encerrou o exercício de 2016 com faturamento de R$ 71,4 bilhões, o que representa crescimento de 10,5% sobre o ano anterior, nos segmentos de seguros, capitalização e previdência complementar aberta.

O lucro líquido registrou evolução de 5% na mesma base de comparação, totalizando R$ 5,6 bilhões, com retorno sobre o patrimônio líquido ajustado de 23%.

“O perfil multirramo do Grupo contribuiu para preservar nosso equilíbrio operacional em 2016, ao possibilitar que os impactos sofridos por determinados segmentos fossem compensados por ganhos em outras categorias de produtos” destaca o presidente, Randal Zanetti.

Na comparação com 2015, os segmentos que apresentaram maior evolução foram saúde (14,7%), vida e previdência (10,7%) e capitalização (6,5%).

Em saúde, a carteira de pequenas e médias empresas cresceu 27% em receita, atingindo cerca de um milhão de vidas e mais de 140 mil empresas clientes. No total, o Grupo conta com mais de 4,1 milhões de segurados no segmento.

O volume de provisões técnicas registrou aumento de 25,6%, atingindo R$ 223,3 bilhões, e os ativos financeiros avançaram 26,1%, superando R$ 242 bilhões. Já o total pago em indenizações e benefícios alcançou R$ 52,3 bilhões em 2016, alta de 15,4% em relação a 2015.

Destaque também para o Índice de Eficiência Administrativa, que manteve o patamar de 4% – um dos menores dos últimos períodos –, refletindo o benefício gerado pela racionalização de gastos, e para o Índice de Comercialização, que recuou 0,4 pp (em ambos os casos, quanto menor o índice, melhor o desempenho).

A.C. e L.S.
Revista Apólice

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