Uma variedade de seguros protege os negócios no Brasil, mas nem todos os empresários e gestores têm conhecimento da ampla variedade de produtos à venda.
Sendo assim, expõem suas companhias a riscos que podem evoluir até leva-los à ruína – inclusive em relação ao patrimônio pessoal –, além de prejudicar seus clientes.
Um deles reduz eventual perda financeira – gerada por penhora de bens, por exemplo – que pode ser provocada após processos judiciais contra a pessoa física dos administradores que tenham nome expresso no contrato social. E isso vale para qualquer dos sócios, seja ou não responsável pela empresa.
Este é só um exemplo de seguro que, quando oferecido ao empresário, ele geralmente diz que nunca havia ouvido falar a respeito ou considerava que apenas o gestor responsável pela companhia era quem poderia sofrer sanções.
“O seguro é um item essencial da gestão de risco e, portanto, do planejamento estratégico de qualquer negócio”, afirma a gerente comercial e de relacionamento da corretora de seguros Bancorbrás, Alessandra Monteiro.
Vazamento de informações e dissídios coletivos
Outro seguro que ainda é “desconhecido” dos administradores empresariais é o que oferece cobertura em caso de vazamento de informações sigilosas, prática antiética que tem sido pontuada no noticiário nesses últimos anos. Há ainda os planos relacionados a dissídios coletivos, que asseguram proteção para empregadores e trabalhadores. São geralmente produtos exclusivos e customizados para cada setor econômico.
Queda de animais e intoxicação alimentar
Há produtos que podem ser considerados curiosos, mas todos são, ao mesmo tempo, estratégicos para determinados segmentos empresariais.
“Para pet shops, há seguro para sinistro (ocorrência) gerado por queda de animais. Para restaurantes, é possível contratar um seguro para ocorrência de intoxicação alimentar. Para buffets, há plano de cobertura de sinistro em festas e eventos em geral, inclusive recepções de casamento. Para varejistas, é possível contratar cobertura para furto de mercadorias expostas ao público”, cita Alessandra.
Proteção para o cliente
O cliente pode também contratar a proteção do seguro, como é o caso da já mencionada festa de casamento. Eventos estão sujeitos a ocorrências e ninguém quer frustração quando contrata o serviço, pois pode estar relacionado a um momento especial na vida do contratante.
Barreiras culturais
Barreiras culturais em relação ao seguro são fatores preponderantes que inibem a contratação, segundo Alessandra.
“Uma venda de seguro empresarial exige uma negociação por vezes prolongada. E ainda há a barreira cultural demonstrada por certos gestores em relação ao seguro, que é visto por eles como sendo um gasto e não um investimento, apesar de ser uma forma de prevenção, de proteção financeira, em caso de sinistros”, aponta.
Consultores de seguros
Para vencer tais barreiras, é necessário que as corretoras capacitem seus colaboradores a agirem como consultores para o cliente empresarial e não apenas como vendedores. O conhecimento técnico é importante para permitir ao administrador tomar a melhor decisão na hora da contratação ou renovação.
“Às vezes, ele pode deixar de contratar uma proteção extra porque decidiu pagar um pouco menos. Porém, é à frente, na hora do sinistro, que aquela pequena economia pode gerar um grande gasto. O corretor tem que conhecer as condições de cada empresa e avaliar os riscos em conjunto com o administrador para auxilia-lo adequadamente em relação ao seguro”, diz Alessandra.
L.S.
Revista Apólice