As Nações Unidas, ao lado de países da América Latina e do Caribe, começam a executar um plano para tornar os setores de agricultura, alimentação e segurança nutricional mais resilientes aos desastres naturais. A ideia é compartilhar ações setoriais de gestão de risco para mitigar os danos causados pelos desastres naturais.
As diretrizes do projeto, elaboradas pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR), pela Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pela Organização dos Estados Americanos, visam a apoiar o plano para Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome 2025 dos 33 países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC).
“Essa transição não pode ser realizada sem o desenvolvimento de medidas setoriais para a gestão de risco de desastres envolvendo tecnologias, práticas produtivas e o uso sustentável dos recursos naturais, bem como mudanças consideráveis em termos de governança, legislação, políticas e investimentos públicos e privados”, explica o representante da unidade florestal da FAO, Jorge Meza.
Tais ações têm como alvo milhões de produtores rurais mais pobres, aqueles agricultores de subsistência familiar, que enfrentam risco muito elevado, porque o impacto das catástrofes vai além da perda momentânea de rendimentos e influencia diretamente a segurança alimentar e a sobrevivência.
Segundo as agências, as catástrofes igualmente prejudicam a capacidade regional de enfrentar um contexto em que o crescimento populacional global está impulsionando um aumento esperado de 60% na demanda de alimentos até 2050. Hoje, de acordo com dados da ONU, mais de 34 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe sofrem de insegurança alimentar, com a maioria concentrada no campo.
Fonte: CNseg
L.S.
Revista Apólice