Ultima atualização 03 de junho

Testes genéticos estão cada vez mais perto do mercado de seguros

Entre muitas controvérsias, o antes distante mapeamento genético já está cada vez mais presente nos tratamentos médicos e mais perto do mercado de seguros

genéticos

Testes genéticos não são algo novo. Começaram em 1822, com Gregor Mendel, o fundador da ciência genética moderna e seu trabalho sobre hereditariedade.
E hoje já existem testes de genoma direcionados ao consumidor. Nos EUA, por cerca de US$ 199 é possível solicitar um kit de análises a uma companhia, mandá-lo de volta e em pouco tempo receber seu mapa genético, completo e personalizado. Esses relatórios podem dizer a uma pessoa se ela tem a probabilidade de desenvolver uma doença cardíaca ou demência, por exemplo. O público tem interesse, mas isso é bom para os seguradores?

O bem e o mal

“Quanto aos testes direcionados ao consumidor , não vejo como um problema para a indústria de seguros”, afirma Bruce Empringham, vice presidente e diretor da área médica e de vida da companhia de seguros americana Great-West Life. “Ele aumenta a consciência e é, geralmente, bom para o seguro. Isso tem levado as pessoas para a saúde, o que é o maior interesse das seguradoras”, completa.
Empringham lembra que o contrato de seguros é baseado em boa-fé e total transparência . Então, é essencial que cada indivíduo responda todo questionário de maneira cuidadosa no momento de contratar um seguro. Mas os testes genéticos dão mais confiança, informações exatas.
Além disso, com essas análises, médicos podem descobrir quais medicamentos usar para tratar certas doenças (como pressão alta, por exemplo) ao invés de fazer diversos experimentos em pacientes com medicamentos caros. Essa é a chamada medicina personalizada.
“Tudo que nós, como indústria, fazemos é baseado em genética”, afirma o executivo. “Nós não podemos ignorar isso. Mas se nós soubermos quando iremos morrer, nós não precisaremos de seguro de vida, mas sim de um seguro para morte acidental. Ainda estamos muito distantes disso, mas os médicos estão pensando bastante sobre o assunto – e até onde isso poderia chegar.
Outra desvantagem de confiar nos testes genéticos é que eles “levam as pessoas a esquecerem das influências de ambiente que podem causar seus problemas e doenças”, afirmou Empringham. “É mais fácil culpar a genética do que modificar o comportamento”, afirma.
“Se a medicina clínica se voltar totalmente para a genética, em algum ponto nós precisaremos integrar nossa subscrição”, disse.

Possibilidades futuras de testes genéticos:

  • Menos dependência em tratamentos médicos caros, menos desperdício de medicamentos e de tempo. Se essas práticas são direcionadas ao invés de feitas baseadas somente em abordagens e tiros no escuro; baseados em histórico médico.
  • Pagamentos de sinistros mais eficientes e adequados.

“E se nós soubéssemos que talvez precisaremos de tratamentos de saúde sérios no futuro essa é uma grande oportunidade para o mercado de seguros”, acredita Empringham. Testes genéticos e seus efeitos na indústria do seguro são um tema bastante complexo. Mas, como afirma o executivo, é parte de nossas vidas agora. Como uma indústria, os seguros precisarão se adaptar

A.C.
Revista Apólice

 

*publicado originalmente em: Life Health PRO

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