Ultima atualização 02 de maio

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Conjuntura do país impacta saúde suplementar em 2016

O ramo mais impactado foi justamente o de planos coletivos empresarias, devido ao fechamento de vagas formais

saúde suplementar

A crise econômica no país agravou o cenário de evasão dos beneficiários de seguros e planos de saúde privados. Nos 12 meses terminados em março deste ano, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 1,3 milhão de brasileiros deixaram de ter planos de assistência médica – redução de 2,7%, totalizando, atualmente, 48,8 milhões de vínculos. Segundo a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) – entidade representativa de operadoras de planos e seguros de assistência à saúde –, o que fez a adesão dos consumidores ao serviço desabar no período se deve, principalmente, à conjuntura macroeconômica no momento, com retração nos níveis de emprego e renda.

Nos 12 meses terminados em março, 1,9 milhão de postos de trabalho com carteira assinada foram extintos no país. Com essa redução, o estoque de empregos atingiu 39,4 milhões neste mês, queda de 4,3% em 12 meses. O subsegmento mais impactado foi justamente o de planos coletivos empresarias, devido ao fechamento de vagas formais. O desemprego ultrapassou a marca histórica dos 10% – chegando a mais de 10 milhões de pessoas sem vínculo empregatício em todo o país.

Março pontuou o pior resultado para o mês em 25 anos. Foram fechadas, só neste período, mais de 118 mil vagas com carteira assinada. Mas esse quadro já vinha se agravando: no primeiro trimestre do ano, houve perda de 323 mil vagas – aumento de 397,7% na comparação com igual período do ano anterior.

“Esse bem de consumo sempre foi altamente valorizado tanto pelos trabalhadores, que usufruem um serviço essencial, quanto empregadores, por ser um benefício importante para a retenção de talentos e o aumento da produtividade. Mas, apesar do panorama atual, há forte expectativa quanto à recuperação da economia ainda ao longo deste ano, o que certamente reverterá essa queda na adesão aos planos”, afirma Solange Beatriz Palheiro Mendes, presidente da federação. A expectativa da FenaSaúde é que, antes do fim de 2016, o setor de saúde suplementar recupere as perdas de beneficiários, sempre contribuindo para o acesso dos cidadãos ao sistema privado de saúde, desejo da maioria da população.

A.C.
Revista Apólice

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