Ultima atualização 25 de abril

Dengue: 5º principal motivo que afasta as pessoas do trabalho

Doença pode aumentar em até 200% o custo per capita do colaborador afetado

Dengue já é o 5º principal motivo que afasta as pessoas do trabalho

A Gesto Saúde e Tecnologia realizou um levantamento em seu banco que soma dois milhões de vidas e concluiu que a epidemia de dengue em 2015 afetou a produtividade nos negócios. Aproximadamente 2,5% dos colaboradores de grandes empresas ficaram afastados por conta da doença.

Os dados revelam que as pessoas infectadas ficaram fora do trabalho por um período médio de cinco a sete dias, podendo atingir um mês nos casos mais extremos. Ao cruzar as informações e somar todos os atestados, é como se a cada 50 colaboradores com dengue, um funcionário não tivesse trabalhado durante todo o ano útil. Por exemplo, uma empresa com 11 mil funcionários pode ter tido, em média, 2,2% da sua população com dengue. O impacto disso pode ter sido o equivalente a cinco colaboradores ficarem o ano inteiro sem trabalhar.

O cenário é pior do que o de 2014, quando apenas 1% dos colaboradores das grandes companhias se afastou por conta da doença, somando um período de afastamento de 65 dias – o equivalente a um indivíduo três meses sem trabalhar, considerando os dias úteis.

Ainda dentro do comparativo, a companhia mapeou que a dengue, em 2014, ocupava o 42º lugar entre as doenças que mais afastam os colaboradores do trabalho. Já em 2015 ela subiu 36 posições e passou a ser o quinto principal motivo.

Outra conclusão está ligada ao aumento do custo do benefício de saúde. “A dengue gerou, no ano passado, uma elevação no custo per capita da saúde. O gasto com um colaborador infectado chegou a ser 200% maior do que o valor de um colaborador de uso médio. Isso acontece por uma série de motivos que incluem o fato de o tratamento da doença ser feito pelos prontos socorros e atendimentos emergenciais – que possuem um valor elevado de atendimento quando comparado à consultas eletivas – e o aumento na demanda de exames”, explica Francine Leite, gerente em inteligência em saúde da empresa.

Apesar de esta porcentagem não ser o aumento da saúde como um todo para a empresa, seu impacto na composição final é alto. O benefício de saúde é o segundo maior custo dentro de uma grande companhia, ficando atrás apenas da folha de pagamento. De acordo com dados do Departamento Nacional do Sesi, os gastos das empresas brasileiras com a saúde dos trabalhadores somaram US$ 23,7 bilhões entre 2010 e 2014. E este custo apresenta alta anual na proporção de 18%, de acordo com a variação dos custos médicos e hospitalares (VCMH), calculado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) – entidade criada pelas operadores de saúde.

“Por esse motivo, gerir a saúde dos funcionários nunca foi tão importante. Em época de desaceleração econômica, as empresas que souberem olhar o tema de forma aprofundada e com estratégia poderá encontrar uma nova vantagem competitiva”, afirma Francine.

L.S.
Revista Apólice

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