A receita da Mapfre em 2015 cresceu 4,1% e superou os 26,7 bilhões de euros. Os prêmios de seguros totalizaram 22,3 bilhões de euros, com incremento de 2,3%. O lucro líquido do exercício foi de 709 milhões de euros, 16,1% inferior a 2014, motivado pela redução do resultado técnico decorrente, principalmente, das fortes nevadas nos Estados Unidos, aumento de provisões técnicas extraordinárias e pela maior taxa de impostos em alguns países da América Latina.
Mesmo com menor resultado no ano, os dividendos declarados representam 56,5% do resultado de 2015, um dos pay out mais elevados do mercado espanhol.
“As receitas seguem crescendo, mas devemos seguir avançando para melhorar nossa eficiência e rentabilidade”, destacou o presidente mundial do Grupo. Antonio Huertas.
Recentemente, Huertas divulgou que o Plano Estratégico da companhia de 2016 até 2018, que dá foco ao crescimento rentável e tem como eixo principal a orientação ao cliente, a transformação digital, a excelência na gestão técnica e o fortalecimento da cultura interna e desenvolvimento do talento humano.
Outro destaque do executivo foi o Plano Estratégico de 2013 até 2015, o primeiro sob sua gestão. Neste período, a empresa distribuiu 1,2 bilhões de euros de dividendos, registrando uma rentabilidade média de 12,6% ao ano (dividendos mais valorização das ações).
O presidente também reafirmou o compromisso da empresa com os principais indicadores estratégicos para 2016, em concreto com a meta de 96% de índice combinado, gastos totais não superiores a 28% (comerciais e administrativos) e pay out superior a 50%.
A Mapfre no Brasil
A operação da companhia no Brasil em 2015 teve volume de prêmios de R$17,7 bilhões, 3,6% a mais que o ano anterior, e lucro antes de impostos de R$ 3 bilhões, 34% superior ao exercício de 2014,
Segundo o CEO regional da Mapfre no País, Wilson Toneto, “o menor crescimento no Brasil, quando comparado a anos anteriores, decorre basicamente da performance das vendas no segmento de Vida (-0,4%), notadamente, o prestamista, ressentido pelo menor volume de operações do canal Bancário e dos seguros de autos (+1,1%), afetado pelo posicionamento prudencial das tarifas praticadas. Por outro lado, o crescimento de mais de 13% no segmento de seguros rurais, e 19,4% em transportes, 20,6% em seguros de danos (riscos industriais), 39% na Operação de Previdência e 41% em Capitalização, merecem destaque positivo”.
Segundo o executivo, a melhora do resultado do Grupo foi resultante da manutenção do índice combinado do Grupo de 93,6%, contenção importante dos gastos administrativos e operacionais, e incremento significativo do resultado financeiro. O ROE (Return On Equity), da Mapfre no Brasil também melhorou, passando de 13,1% em 2014 para 15,5% em 2015.
“Mesmo num ano de crescimento negativo da Economia, tivemos um desempenho excelente em quase todos os segmentos que operamos no Brasil. A desvalorização do real obviamente afetou a representatividade do Brasil na posição Global do Grupo Mapfre, mas estamos confiantes na retomada do crescimento acima de dois dígitos em 2016 mantendo o nível de rentabilidade definida pela nossa holding e melhorando ainda mais nossa posição no Grupo”, finaliza Toneto.
L.S.
Revista Apólice