Ultima atualização 02 de fevereiro

Empresas com melhor gestão de riscos erram menos ao projetar resultados

Pesquisa realizada pela Aon em parceria com a Universidade Wharton revela ainda que as companhias mais preparadas possuem menor volatilidade em crises financeiras e ocorrência de catástrofes naturais

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A Aon divulgou um relatório com novas percepções sobre a importância da maturidade de riscos para as empresas. Realizado no decorrer de 2014 em parceria com a Universidade Wharton, da Pensilvânia (Eua), o estudo questionou 50 companhias de capital aberto dos Estados Unidos sobre suas práticas de gerenciamento e seus resultados financeiros. Enquanto as organizações que ficaram no topo da escala em relação ao planejamento estratégico de riscos obtiveram uma redução de 20% nos erros de previsão orçamentários, as piores colocadas registraram aumento de 17,5%.

Segundo Alexandre Botelho, diretor da área de consultoria em gestão de riscos da Aon Brasil, o documento comprova que cada vez mais a gestão de riscos se torna uma ferramenta indispensável para evitar prejuízos e aproveitar oportunidades de agregar valor à operação.

“As empresas que compreendem com muita clareza a complexidade dos riscos diretos e indiretos a que estão expostas tendem a ter uma maior precisão sobre sua margem de lucro e resultado operacional”, diz o executivo.

O levantamento mostra também que as companhias mais preparadas apresentaram redução de 2,5% na volatilidade no preço dos papéis no mercado financeiro, ao passo que as menos preparadas obtiveram aumento de 2,9%.

“Quando o mercado está em alta, empresas com processos menos estruturados também podem ter um bom desempenho. Mas, em um cenário adverso de crise financeira ou catástrofe natural que possa afetar a economia do país, a queda nas ações de companhias mais preparadas chega a ser de 36 a 90% menor em relação às outras”, afirma Botelho.

A pesquisa é parte de um levantamento mais amplo de dados globais da Aon em parceria com a Wharton, no qual foram ouvidas 700 companhias de capital aberto. A análise completa da base de informações também evidencia que, quando a alta direção participa ativamente da gestão de riscos e não apenas delega, o engajamento da empresa é significativamente maior.

“Consequentemente, a diretoria também consegue empregar uma melhor comunicação com a equipe administrativa encarregada pelas estratégias de gestão de riscos”, acrescenta o executivo.

Empresas com alto índice de maturidade de riscos apresentam, entre outras características, uma cultura de riscos que envolva todos os níveis da organização. De acordo com Botelho, “o entendimento e comprometimento com o gerenciamento de riscos no patamar da diretoria é um fator crítico para a tomada de decisões e geração de valor”.

O desafio nos próximos anos para as empresas é incorporar em suas estruturas organizacionais eficientes programas de gestão de riscos, já que a tendência cada vez mais é de que as companhias despreparadas fiquem sujeitas a prejuízos em qualquer intempérie que impacte o negócio.

“No atual contexto, em constante mutação, a capacidade para antever oportunidades, compreender e responder eficazmente aos riscos é essencial para o bem-estar operacional e financeiro das companhias. A ausência dessa prática provavelmente fará com que as organizações fiquem para trás em relação as que a aplicam em seu planejamento estratégico”, finaliza o diretor.

L.S.
Revista Apólice

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