A Coface, empresa do segmento de seguro de crédito, projeta fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) até o final deste ano. Segundo Patrícia Krause, economista da Coface para a América Latina, “2014 deve terminar com PIB de 1,3%, na melhor hipótese, num cenário já antecipado pela Coface em março, quando a entidade reduziu a nota do Brasil de A3 para A4”.
O quadro, porém, tem explicação: em dias de jogos da Copa do Mundo, apenas segmentos específicos da economia brasileira foram beneficiados como turismo, alimentação e vestuário. Por outro lado, muitas indústrias e serviços foram obrigados a diminuir as atividades devido à fragilidade da infraestrutura de transporte. De acordo com as projeções feitas por Krause, como os investimentos adiados para o pós-Copa podem não ser retomados em 2015, será preciso adotar medidas restritivas no próximo ano para por a inflação “de volta nos trilhos”.
Entre os setores que devem continuar a enfrentar dificuldade, segundo a Coface, estão as indústrias químicas, automotivas, agro, de aço e de varejo. Para 2015, a instituição prevê que a atividade siga em ritmo fraco e com pressão inflacionária. No entanto, o período deve ser de ajustes, com retorno dos preços a seu ponto de equilíbrio.
L.S.
Revista Apólice