Qual a importância de um gerenciador de risco na indústria de transportes? Durante o segundo painel apresentado no I Simpósio do CIST, Darcio Centoducato, diretor de logística de Pamcary, realizou palestra para esclarecer essa questão.
O custo logístico das empresas de transporte representa entre 8 e 12% do valor de lucro das empresas, por consequência os executivos dessas companhias deixam de investir em gestão de riscos para não agravar esse custo. Segundo Centoducato, a primeira medida a ser tomada pelo gestor de riscos é levar em conta a necessidade do cliente, depois é preciso encontrar o equilíbrio entre atendê-lo bem e manter os custos das operações baixos.
Mas mitigar esses riscos não é tarefa tão simples e requer uma análise ampla que deve levar em consideração fatores como o fato de que acidentes ocorrem sete vezes mais do que roubos de cargas, mas ainda assim as transportadoras deixam de contratar um seguro adequado para isso. O palestrante confirmou que a estimativa é que 8.500 motoristas morrem nas estradas todos os anos, lembrando que apontar medidas de prevenção aos clientes, que pode gerar uma economia de, em média, R$ 9 bilhões.
Essa prevenção pode ser feita com uso de telemetria, GPS, rastreamento de frota, mas principalmente cuidando dos motoristas. Saber se eles estão preparados para lidar com as exigências do trabalho e prepará-los para o uso dessas tecnologias. Para que a proteção dos funcionários fique completa, a legislação hoje exige certas medidas, como tempo máximo de viagens, horas de descanso, entre outras medidas que garantam a segurança.
As questões de logística estão intimamente ligadas com o seguro a ser contratado. Embora muitas vezes a preocupação dos diretores seja com as entregas dentro do prazo, é necessária a compreensão de que caso algo aconteça ter contratado a apólice correta fará toda a diferença na recuperação das operações.
Amanda Cruz / Revista Apólice