Um levantamento recente realizado pela consultoria EY, com executivos de 65 companhias seguradoras no mundo inteiro, indicou que o risco de demandas regulatórias é um dos riscos que mais preocupa o mercado segurador global – ele aparece em segundo lugar no ranking elaborado pela consultoria neste ano. Em 2015, este risco deverá pular para o primeiro lugar do ranking de preocupações dos executivos – seguido por riscos com tendências econômicas, riscos cibernéticos e proteção de dados, crise da zona do euro, entre outros.
A gestão da demanda regulatória é um desafio a ser enfrentado pelas seguradoras. Como reagir de forma mais eficiente? Os temas regulatórios estão moldando empresas e definindo o mercado. Questões envolvendo o tratamento ao consumidor estão muito fortes também. Um exemplo recente é a regra que obriga a criação de ouvidorias nas companhias do setor.
Todos esses fatores colaboram para que as seguradoras dêem mais atenção a questões ligadas a seus controles internos e ao risco operacional, que pode resultar em falhas nas suas operações e, portanto, prejuízos. Este tema foi esmiuçado por diversos especialistas durante o 7º Seminário de Controles Internos & Compliance, promovido pela CNseg nesta quinta-feira, 19 de setembro, em São Paulo.
“Entendemos que a demanda regulatória é composta por componentes e fatores importantes, e sua adesão é compulsória, as companhias precisam atender. Cada vez mais as demandas regulatórias são disciplinares. Atingem todos os setores e as funções das empresas”, analisou Marcos Bentes, gerente sênior executivo da área de Financial Services da consultoria EY, um dos palestrantes.
De acordo com ele, para evitar falhas relacionadas a questões regulatórias, as seguradoras devem sempre ficar atentas a quatro fatores: qualidade das informações – “é preciso ter uma boa base de dados e com informações de qualidade”; procedimentos de controle – “quem controla, quem atesta, quem define se a documentação é válida, entre outros pontos; modelo de governança – é importante identificar o modelo de controle associado ao modelo de governança; e a quantidade de normativos – “é necessário acompanhá-los e verificar as mudanças”.
Jamille Niero / Revista Apólice