Em almoço do CVG-SP, realizado nesta terça-feira, 27 de agosto, o presidente da Allianz, Edward Lange, analisou o mercado de seguro de vida no país. Lange reconhece que a penetração ainda é baixa, mas apontou soluções para a expansão do ramo, como o desenvolvimento de produtos “mais adequados ao bolso do consumidor” e a aplicação de “isenção fiscal”. Ambas as soluções, a seu ver, poderiam atender a necessidade de “securitização” do segmento de novos consumidores, formado pelos indivíduos que migraram de classe social.
Segundo Lange, também há espaço no país para os produtos de seguro de vida com capitalização, semelhantes ao Universal Life. Nos países onde o ramo vida é mais desenvolvido, o grande boom ocorreu, segundo ele, a partir de incentivos fiscais dos respectivos governos. “No Brasil, também precisaremos trabalhar o aspecto regulatório e fiscal dos produtos de vida. É uma oportunidade muito importante”, afirmou.
O executivo também apresentou o desempenho atual e a estratégia da empresa para alcançar suas metas, comentando, ainda, sobre sua expectativa de desenvolvimento do ramo vida.
“Não interessa ser a maior seguradora do país, mas a melhor”. Com esta afirmação, Lange, definiu a visão da empresa, expondo os planos para atingir a ambiciosa meta de R$ 5,8 bilhões de faturamento até 2015. A Allianz também foi representada no evento pelos diretores Ramon Gomez, da área comercial, Marcelo Benevides, de São Paulo e região, e Alexandre Zornig, da área de Saúde.
O presidente do CVG-SP, Dilmo Bantim Moreira, lembrou que a Allianz é parceira antiga da entidade e integra o quadro de beneméritas há 32 anos. “A Allianz é associada desde maio de 1981, data de fundação do CVG-SP”, disse.
Em sua palestra, Lange expôs dados do desempenho do Grupo Allianz, que já atingiu a marca de 78 milhões de clientes em cerca de 70 países, faturamento de 106,4 bilhões de euros em 2012 e alcançou a 25ª posição entre as maiores empresas do mundo neste ano, de acordo com a Forbes. No Brasil, onde a seguradora tem registrado crescimento positivo, acima da média do mercado, o volume de prêmios emitidos já atingiu R$ 4,1 bilhões neste ano, resultado 15,8% superior ao de 2012.
A estratégia da Allianz para atingir os R$ R$ 5,8 bilhões de faturamento até 2015 é focada, segundo Lange, em distribuição, facilidade e valor. De olho no futuro, a seguradora já iniciou sua arrancada por meio de alguns grandes investimentos, como a mudança para o novo edifício corporativo de 42 mil m2, a criação da resseguradora local AGCS e o Allianz Parque, cujo naming rights do estádio do Palmeiras será seu por pelo menos 20 anos.
Os corretores são outro foco de expansão da Allianz, que mantém inúmeros programas de relacionamento. “Temos investido em relacionamento com os corretores porque não temos canal bancário”, disse Lange. Atualmente, a Allianz possui um cadastro de 21 mil corretores, dos quais 14 mil ativos. “Sempre priorizamos o corretor, com qual somos comprometidos”, disse. A estratégia tem surtido efeitos. Na área comercial, os resultados apresentados indicam aumento de 15% no número de apólices e 15% de clientes, no comparativo entre 2012 e 2013.
Na carteira de automóvel, no período de janeiro de 2012 a junho de 2013, o crescimento foi de 34%. Já na carteira de saúde, o número de vidas aumentou 14% nesse período. “Estamos há muito neste ramo, no qual ocupamos a quinta posição no ranking e já alcançamos quase 200 mil vidas”, disse.
Homenagem
Encerrando o evento, o presidente do CVG-SP homenageou o presidente da Allianz com placa. Dilmo Moreira aproveitou a ocasião, ainda, para divulgar o próximo evento do CVG-SP, cujo tema será fraudes em seguros de benefícios, que será realizado em parceria com a Associação Internacional de Direito de Seguro (AIDA), em 18 de setembro, no Braston Hotel. Em breve, o CVG-SP divulgará mais informações em seu site sobre o evento, bem como sobre a Festa de Final de Ano, que será realizada em outubro, no Espaço Trivento.
J.N.
Revista Apólice