Ultima atualização 24 de abril

Pablo Barahona, da Liberty, fala sobre as metas da companhia

Segundo o presidente da companhia, após o crescimento registrado nos últimos anos, o foco agora é melhorar a rentabilidade

Antes de assumir seu perfil de executivo, o presidente da Liberty Seguros, Pablo Barahona se dedicou aos esportes em seu país natal, o Chile. Durante 29 anos ele participou de competições internacionais e foi campeão nacional de vela em diferentes categorias. Como velejador Alberto González, representou o Chile nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, na classe 470. Em 1999, ganhou o campeonato mundial da classe Lightining.

O esporte é uma paixão familiar. Sua filha é esquiadora de alto rendimento, e atualmente é campeã nacional de esqui no Chile. Competiu nos dois últimos Jogos Olímpicos de Inverno, em Turim em 2006 e em Vancouver em 2010, entre outras importantes competições.

APÓLICE: Você está no Brasil há quanto tempo?

Pablo Barahona: Há um ano.

 

APÓLICE: Quando você chegou ao Brasil,vindo do Chile, teve alguma experiência que o marcou pela diferença do mercado no qual você atuava?

Pablo Barahona: Antes dos cinco anos de Chile trabalhei dois anos na Venezuela. Todos são mercados similares. Minha experiência é de segurosem países sulamericanos. Há diferenças regulatórias mas, em termos gerais, o comportamento do consumidor não é muito diferente. Talvez o Chile esteja um pouco mais desenvolvido em linhas comerciais, mas nos seguros de pessoaso Brasil tem sofisticação maior. A maior diferença é o tamanho do Brasil, com tantos contrastes regionais.

 

APÓLICE: O Brasil é mais desenvolvido em termos de seguros pessoais do que o Chile?

Pablo Barahona: Eu diria que são similares. O que acontece é que pela questão do Brasil ser um país tão grande, você precisa de mais sofisticação para precificar corretamente um risco em Santa Catarina, que é diferente do de Manaus, de São Paulo capital. Tem bastantes diferenças regionais que fazem com que o problema seja mais complexo. Nesse sentido, o Chile é um país mais homogêneo e não há tantas diferenças regionais assim.

 

APÓLICE: Qual foi a sua primeira impressão quando chegou aqui na Liberty há um ano?

Pablo Barahona: Uma companhia com excelentes profissionais, muito bem posicionada no mercado. O nosso cliente fica confortável com a companhia, que tem procurado prover bom atendimento e bom serviço. Acho que temos coisas para melhorar e desafios. Mas, em termos gerais, é uma companhia que tem tamanho relevante. Ano passado fechamos com R$ 2,2 bilhões de prêmios.

 

APÓLICE: Qual é a posição geral de vocês no ranking?

Pablo Barahona: Em Seguros Gerais estamos em sétimo lugar.

 

APÓLICE: Você recebeu alguma missão dos acionistas quando assumiu a empresa?

Pablo Barahona: Não, não houve muita mudança. Eu diria que até a minha chegada, o foco da companhia era o crescimento. E a companhia teve muito sucesso nisso, conseguiu subir no ranking e crescer. Hoje, temos um tamanho razoável para o mercado brasileiro, que permite enfrentar o desafio com fortaleza, com capacidade. O foco agora é melhorar a rentabilidade também.

 

APÓLICE: Falando em rentabilidade, qual foi o impacto para vocês do final de custo de apólices?

Pablo Barahona: Teve um impacto grande, de cerca de R$ 18 milhões.

 

APÓLICE: Mas como vocês se preparam para trabalhar sem essa receita?

Pablo Barahona: Tivemos que revisar nosso modelo de precificação e fazer alguns ajustes para recuperar a rentabilidade.

 

APÓLICE: E para esse ano vocês já estão com os preços ajustados?

Pablo Barahona: Sim. A segunda queda de preços foi mais anunciada. Nós arrumamos nosso modelo de precificação na metade de novembro, a fim de não comprometer a rentabilidade em médio prazo.

 

APÓLICE: A concorrência no mercado brasileiro é muito acirrada?

Pablo Barahona: Sim, é forte, porque tem companhias de todos os patamares. Eu acredito que não só o preço mantém companhias cujo objetivo é crescer, acho que o serviço é um bem mais relevanteem longo prazo. Você pode capturar um cliente por preço hoje, mas provavelmente ele vai embora no próximo ano, porque conseguiu um preço mais baixo na concorrência. Tem cliente que não se incomoda em pagar um pouco mais se ele vai ter um bom serviço quando precisar.

O seguro é uma promessa. Promete, quase como um sonho, que vai cumprir quando você precisar. A verdade é que se você tem um bom procedimento, uma boa equipe, se atender as primeiras necessidades do cliente, e resolver o problema, ele não se importa somente com o preço.

 

APÓLICE: O consumidor brasileiro está deixando de olhar mais para o preço para focar no serviço?

Pablo Barahona: Isso sempre vai existir. Em qualquer mercado isso acontece e independe da condição socioeconômica do cliente. Tem pessoas que estão mais focadas em ter um bom atendimento no momento do sinistro e esperam que a companhia resolva o problema da forma que foi prometido. E tem outras pessoas que só se interessam pelo preço.

Confira a entrevista completa na edição de abril (173).

Kelly Lubiato / Revista Apólice

 

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