Ultima atualização 14 de janeiro

Naufrágio é incidente mais comum em perdas náuticas

Segundo estudo da Allianz, falha humana ainda é a principal causa desse tipo de perda

O naufrágio (afundamento ou submersão) foi a causa mais comum das perdas náuticas registradas no ano passado (49%), seguido de soçobramento ou encalhe. 22%). As colisões, tais como a que envolveu o Baltic Ace e o Corvus J, no início de dezembro de 2012, responderam por um número relativamente pequeno de perdas (6%). Os dados constam em um estudo realizado pela Allianz.

Com 30 perdas reportadas, houve o dobro de acidentes marítimos concentrados nos mares do sul da China, sudeste de Ásia , Indonésia e Filipinas. As perdas de navios também foram mais frequentes no leste do Mediterrâneo e no Mar Negro (15 perdas em 2012) e nas áreas em torno do Japão, da Coreia e norte da China (10 perdas).(22%).

De acordo com o estudo, em 2012 houve um acréscimo de 91 navios perdidos em relação ao ano anterior, mas o número ainda é 27% menor que a média anual de 146 embarcações nos últimos dez anos.

Um ano após o acidente com o Costa Concórdia na Itália (foto), o levantamento revelou que foram reportadas 106 perdas de navios até 25 de novembro de 2012 em todo o mundo. O relatório destaca que o erro humano continua a ser uma das principais causas dos acidentes e que a fadiga, formação inadequada dos tripulantes, bem como as pressões econômicas, são motivos de preocupação.

“Em algumas empresas, especialmente nos setores de carga a granel e petróleo, há poucos recursos para a manutenção das embarcações e treinamentos”, justifica o chefe de marinha de casco da Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), Sven Gerhard.

Para diminuir esses riscos, algumas regulamentações focaram na fragilidade humana, como foi o caso da Convenção do Trabalho Marítimo, que entra em vigor neste ano e trata do bem-estar e das condições de trabalho no mar. Já as principais montadoras de embarcações de passageiros implantaram procedimentos próprios em conjunto com a Associação internacional de Linhas de Cruzeiros e o Conselho Europeu de Cruzeiros que vão além dos requisitos de segurança internacionais.

No relatório anual “Safety and Shipping Review” a AGCS destaca a evolução da segurança do transporte em 2012. O ano foi marcado por duas grandes perdas: o Costa Concordia, em 13 de janeiro, e o Rabaul Rainha, em 2 de fevereiro, que causaram diversas mortes.

O estudo completo está disponível em inglês no site http://www.agcs.allianz.com/about-us/news/agcs-safety-and-shipping-review-2013/.

J.N.

Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

Ads Blocker Detected!!!

We have detected that you are using extensions to block ads. Please support us by disabling these ads blocker.

Powered By
Best Wordpress Adblock Detecting Plugin | CHP Adblock