Ultima atualização 29 de outubro

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Seguradoras se preparam para atender demanda do furacão Sandy

Segundo estimativas, o maior impacto deverá ser em danos de telhados e carros, ocasionados pelo vento, bem como perdas de negócios devido à falta de energia

As seguradoras estão se preparando para atender as futuras demandas geradas pelo furacão Sandy, que está cada vez mais próximo de atingir a costa leste dos Estados Unidos. Segundo informações divulgadas por agências de notícias internacionais, elas estão ativando equipes para atender reclamações, levando avaliadores de perdas perto dos locais com maior probabilidade de serem afetados e se preparando para pagar por um volume enorme de potenciais perdas.

A expectativa das seguradoras privadas é que o maior impacto de Sandy seja em danos de telhados e carros, ocasionados pelo vento, bem como as perdas de negócios devido à falta prolongada de energia. Mas o impacto financeiro da tempestade pode acabar caindo no Programa de Seguros Nacional para Enchentes (National Flood Insurance Program, em inglês), que é responsável por quase toda a cobertura de inundações no país. Uma unidade da Agência Federal de Gestão de Emergências (NFIP, na sigla em inglês), pagou US$ 1,28 bilhão no ano passado em perdas derivadas do furacão Irene, tornando-a a quarta inundação mais cara da última geração.

Em2012, amaioria das perdas das seguradoras com desastres foram substancialmente menores, deixando-as com mais capacidade para absorver os bilhões de dólares em custos esperados com o furacão Sandy.

“Nós nos planejamos para eventos climáticos como esse, por isso nos sentimos bem preparados, com recursos estrategicamente posicionados para rapidamente ajudar os clientes que podem ser impactados”, disse o porta-voz da Travelers, Mateus Bordonaro,em entrevista à Reuters.ATravelers é a terceira maior seguradora em Nova York de seguros pessoais de residências e de automóveis e de linhas comerciais de seguros.

Bordonaro disse que a empresa também ativou os planos de continuidade de seus próprios empregados, para poder sustentar as operações, apesar de ter pessoal agrupado em Nova York e Hartford.

A Chubb, outra das grandes seguradoras presentes no nordeste do país, afirmou que vem trabalhando há dias para levar seus funcionários para mais perto, para que eles estejam posicionados para responder rapidamente. De acordo com um porta-voz, é improvável que a condição climática interfira no processamento das reclamações, mesmo que a empresa esteja sediada em Nova Jersey, pois a companhia tem um grande centro no Arizona, que pode lidar com as reclamações.

A State Farm, a maior seguradora de residências e automóveis e líder de mercado em Nova York e Nova Jersey, disse na tarde de sábado que tinha agentes e equipes especializadas em catástrofe esperando a chegada do furacão.

A Allstate, que vem logo atrás da State Farme no mercado de seguros domésticos e de automóveis, disse que estava colocando suas equipes de resposta a catástrofes na Carolina do Norte, Pensilvânia e Virgínia para ser capaz de responder mais rapidamente após a tempestade. A empresa também está pedindo a seus segurados para atender as ordens de evacuação, uma vez que um estudo no início deste ano mostrou que mais de um em cada quatro indivíduos ignoram esses pedidos até o último momento possível.

A Swiss Re, segunda maior companhia resseguradora do mundo, espera um custo de vários milhões de dólares, que poderão ser superiores aos originados pelo furacão Katrina em 2005. No total, o Katrina custou às seguradoras cerca de 72 bilhões de dólares, e, à Swiss Re, custou 1,2 bilhão de dólares.

Com informações da Reuters e da AFP

Jamille Niero

Revista Apólice

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