Ultima atualização 15 de outubro

Riscos declináveis representam oportunidade para corretor

Segundo especialistas, profissional deve buscar um nicho e se especializar naquilo para poder formular soluções adequadas e não perder negócios. Concorrência tambem é menor

Palestrantes durante painel "Riscos Declináveis", realizado no auditório João Leopoldo Bracco de Lima“Para a seguradora, não há seguro bom ou ruim, mas sim seguro mal aceito. Quando a seguradora paga indenização, ela não tem prejuízo, pois está fazendo o negócio dela. O problema do risco declinável é como o corretor vai trabalhar o produto que não tem sido bem trabalhado”. A análise é de Antonio Penteado Mendonça, advogado especializado em seguros, durante palestra sobre riscos declináveis realizada na sexta-feira, 12 de outubro, no XV Conec. Segundo Mendonça e os expositores que participaram do painel, se bem trabalhados, os chamados riscos declináveis representam oportunidades para o corretor e não problemas. Além disso, o corretor deve buscar um nicho e se especializar naquilo para poder formular soluções adequadas e não perder negócios.

Um exemplo foi apresentado pelo corretor Renato da Cunha Bueno Marques, membro da comissão de riscos declináveis do Sincor-SP, de um amigo seu que trabalha com seguro de armazenagem de algodão, algo considerado como risco declinável. “Ele se especializou nisso, aprendeu a gerenciar o risco e encontrou uma seguradora parceira que desenhasse um produto para ele. Encontrou um nicho com pouca concorrência, soube trabalhá-lo e obteve sucesso”, comentou Marques.

Na sua opinião, o sinistro algumas vezes é até bem vindo, pois o cliente pode aplicar a indenização em investimentos para melhorar o seu risco, tornando “bom o que era ruim”. Humberto Siqueira Marques, da Bradesco Auto/RE, concorda que o segurado precisa querer investir no seu negócio para prevenir acidentes e, consequentemente, diminuir o seu risco, tornando-o atrativo para as seguradoras. “Por sua vez, as seguradoras deverão incrementar inspeções e revisões, entre outras ações, para melhorar a aceitação do risco”. Ele mostrou exemplos de clientes como loja de tintas e gráficas, exemplos clássicos de riscos geralmente declinados, que tiveram sinistro e foram atendidas integralmente.

A baixa concorrência é um atrativo para o corretor que deseja ingressar no segmento. Porém, os especialistas indicaram que é preciso escolher um nicho e dedicar-se a ele. “Ser próximo da seguradora e conhecimento técnico são imprescindíveis”, completou Marques.

Mendonça concordou. “O corretor tem que achar a seguradora ideal para ser parceira. Quem tiver competência de sentar com a seguradora, entender o risco, explicá-lo e desenhar um produto adequado terá sucesso. Vale lembrar que preço não é tudo, mas serviço sim”, acrescentou o advogado.

Medidas estão sendo tomadas para resolver os riscos declináveis. O Sincor-SP criou uma comissão para debater o tema e buscar soluções. A Fenseg também foi incluída na busca de soluções para o problema e, no começo de 2012, lançou uma circular indicando procedimentos para aceitar riscos. “Cada risco contém soluções específicas. Para supermercados há premissas básicas, como cobertura básica, valor máximo, edificação com tamanho definido. Fomos em busca de características construtivas que identificassem riscos. Fatores como arrumação do local, vizinhanca etc podem ser modificados para diminuir riscos”, exemplificou o advogado Adilson Neri.

Jamille Niero

Revista Apólice

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