O Royal Bank of Scotland está prestes a avançar com a venda forçada de sua divisão de seguros Direct Line, que pode representar a maior abertura de capital na bolsa de valores de Londres em mais de um ano.
O banco britânico, majoritariamente controlado pelo governo após um resgate durante a crise financeira de 2008, recebeu a ordem de reguladores da União Europeia para vender a maior seguradora de automóveis do Reino Unido como condição para receber ajuda estatal.
Analistas dizem que a oferta pública inicial (IPO) da Direct Line, anunciada pelo banco nesta sexta-feira, pode avaliar a unidade em entre 2,5 bilhões de libras (4 bilhões de dólares) e 3,5 bilhões de libras, mas que alcançar esse valor deve ser difícil pelas difíceis condições do mercado que já aniquilaram a entrada da Talanx , terceira maior seguradora alemã, na bolsa.
Em teleconferência com jornalistas, o presidente-executivo da Direct Line, Paul Geddes, disse que o fato de Talanx ter desistido do IPO terá pouco efeito sobre os planos da companhia. “Oitenta por cento dos negócios daquela empresa são resseguros e seguros de vida, então são mercados muito diferentes”, afirmou.
O Royal Bank of Scotland irá apresentar a oferta a potenciais investidores nas próximas semanas e estará sob pressão política para garantir um bom negócio. Contribuintes britânicos perderam mais de 20 bilhões de libras após o governo injetar 45 bilhões de libras para resgatar o banco.
O diretor financeiro da instituição, John Reizenstein, disse a jornalistas que espera que o processo de IPO seja concluído nas próximas semanas.
Matt Scuffham e Myles Neligan / Reuters