A Munich Re é uma das principais companhias que vão segurar os Jogos Olímpicos, que começaram na quarta-feira (25) em Londres. Até a “chama olímpica” ser apagada, a Munich Re garante a cobertura de uma parte significativa das reivindicações que possam surgir em caso de abandono, interrupção, atraso, ou recolocação dos Jogos – com a ajuda de um seguro feito sob medida para cancelamento de eventos, indica uma publicação no site da companhia.
“A Munich Re carrega uma parcela substancial desse risco”, explica Andrew Duxbury, gerente de Underwriting da Munich Re em Londres. Se os jogos forem cancelados, a cobertura da Munich Re giraria em torno de € 350 milhões distribuídos em várias apólices. Garantir essa cobertura exige não apenas a força financeira, mas também a competência técnica necessária para permitir que os riscos sejam avaliados e geridos da melhor forma possível”, completa o executivo.
Mais de 10 mil atletas de cerca de 200 países competirão em 302 modalides nesta edição dos Jogos Olimpícos. São esperados 9 milhões de espectadores para acompanhar as competições presencialmente, enquanto entre 3 e 4 bilhões de pessoas devem acompanhar os Jogos pela televisão. A cerimônia de abertura acontece hoje (27).
Os principais riscos que envolvem a competição são: responsabilidade contratual em relação a direitos televisivos, patrocínios e venda de ingressos; risco político (instabilidade, guerra civil e terrorismo); catástrofes naturais (terremotos, vendavais, inundações); a experiência de acolhimento do país na realização de grandes eventos; a qualidade da infraestrutura; elaboração de planos de emergência; entre outros, que são comuns à maioria dos grandes eventos esportivos.
No caso específico de Londres, a ameaça sempre presente do terrorismo, bem como simples questões práticas de viajar pela cidade são os destaques. As autoridades do Reino Unido são experientes no combate ao terrorismo, mas casos como o ocorrido no último verão, quando um surto de motins e saques chamou a atenção e pegou a polícia e as autoridades de surpresa, podem ocorrer. Segundo a publicação da Munich Re, o governo britânico se comprometeu a gastar £1 bilhão para garantir a segurança dos Jogos, o que representa 10% dos custos globais da organização.
“As discussões com os clientes e seus corretores começa muitos anos antes do evento. Com o apoio de nossas soluções sob medida, os organizadores podem oferecer uma garantia aos acionistas que seu investimento não será perdido se os Jogos não forem realizados. Sem essa segurança, muitas empresas veriam um envolvimento financeiro muito arriscado”, explica Duxbury.
Jamille Niero
Revista Apólice