Mesmo sendo pouco pelos consumidores e totalmente dependente de uma boa oferta, o seguro residencial conseguiu crescer 14% em 2011. A expectativa para 2012 é de que ele atinja a marca de 17%. De acordo com o diretor de auto e residência da Itaú Seguros, Ney Dias, este é um produto com um potencial gigantesco, uma vez que menos de 9% das residências brasileiras o possuem.
O cenário favorável vem de uma grande expansão do mercado imobiliário combinada com o aumento do poder aquisitivo e o crescimento econômico do País. “Agora que as pessoas já possuem bens, elas sentem a necessidade de protegê-los. Outro fator de demanda é a dificuldade de encontrar mão-de-obra para realizar pequenos serviços domésticos”, conta Dias.
Os sinistros mais comuns são de roubo, com 40,2% de participação, seguido de longe pelos danos elétricos, que representam 17,7% dos sinistros. “Mas os sinistros de incêndio são os de maior monta, apesar da pequena frequência”, lembra o executivo.
Para incrementar este produto, a Itaú criou uma assessoria para serviços ambientais, amparada por pesquisas que comprovam que os cidadãos estão cada vez mais preocupados com o futuro do planeta. O Descarte Inteligente pega, na residência segurada, utensílios fora de uso dos quais o cliente queira se desfazer. Os itens em bom estado são doados, o que é possível vai para a reciclagem e o que resta para um aterro monitorado.
O serviço de Orientação Ambiental dá assessoria para que as pessoas tenham atitudes sustentáveis como consumo consciente de água e energia elétrica, reciclagem de lixo etc. Por fim, os Projetos Ecoeficientes estimulam e orientam os segurados para a instalação de energia solar, reaproveitamento de água etc.
“O mais importante é lembrar que nenhum destes serviços representa custo adicional para o segurado”, enfatizou Dias, acrescentando que o seguro residencial tem um custo baixo em relação ao valor do imóvel, ficando em torno de 0,7% em caso de residências até R$ 200 mil. Quanto maior o valor do imóvel, menor é a importância relativa do seguro.
O grande problema enfrentado pelo mercado para a expansão deste produto ainda é a sua distribuição. É muito difícil chegar ao consumidor, que normalmente não acorda pensando: “hoje vou comprar um seguro residencial”. Por isso, a estratégia da maioria das empresas é atrair os clientes através dos serviços oferecidos.
De acordo com Dias, a Itaú recebe cerca de 240 mil acionamentos de assistência ao ano, em uma carteira com 1,4 milhão de itens segurados. “O serviço mais requisitado é o de encanador, seguido de perto pelo eletricista”. A assistência 24h é feita por prestadores próprios nos locais onde há maior demanda, como as regiões metropolitanas dos grandes centros, e por profissionais compartilhados.
Kelly Lubiato
Revista Apólice
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