Apesar de 71,5% dos beneficiários de planos de saúde se concentrarem nas regiões de maior atividade econômica do país, como capitais e regiões metropolitanas – segundo dados da ANS -, outros locais têm registrado crescimento notável. Um exemplo é o Rio de Janeiro, único estado brasileiro com crescimento maior de planos de saúde no interior. Dentre os estados compreendidos na pesquisa mensal do emprego do IBGE, o Rio de Janeiro é o único cujo interior ganhou proporcionalmente mais beneficiários de planos de saúde do que a região metropolitana (9,3% contra 4,5%). “Esta interiorização do mercado de saúde suplementar é fruto do desenvolvimento econômico no interior do estado. São destaques de crescimento no número de beneficiários as cidades do sul fluminense, como Barra Mansa (13,5%) e Volta Redonda (8,9%), pólos de indústria siderúrgica, e Macaé (13,1%), na região petrolífera”, afirma Luiz Augusto Carneiro, superintendente do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar).
O crescimento do número de beneficiários de planos de saúde também se intensificou além da região sudeste, onde há a maior concentração da atividade econômica do País. É o que aponta o balanço da Bradesco Saúde, que registrou expansão de mais de 70% da sua carteira na região Norte, além de 28% na Nordeste e 27% na Centro-Oeste.
“A expansão dos planos de saúde acompanha o crescimento econômico. Notamos que o setor de serviços e os pequenos comércios alavancaram o aumento da carteira nessas regiões”, avalia Márcio Coriolano, presidente da Bradesco Saúde.
Esta é, inclusive, outra tendência do setor: os planos coletivos e empresariais devem ser os que mais aumentarão suas carteiras, devido a adesão de usuários em faixa etária economicamente ativa (dos 18 aos 59 anos), uma vez que a economia continua se expandindo. Segundo a ANS, a expansão foi de 6,6%. “Nos planos coletivos há um crescimento mais intenso na faixa etária economicamente ativa. Acredito que 2012 deve seguir essa tendência”, conceitua José Cechin, diretor executivo da FenaSaúde.
Por outro lado, no caso dos planos individuais, a idade mais alta tem crescido em participação. “A proporção de idosos nos planos em individuais está aumentando. Ou seja, a massa dos usuários de planos individuais está envelhecendo”, indica Cechin.
Este é o caso da Itálica Saúde. “Comparado a 2011, percentualmente o plano que mais cresce é o Sênior, com foco em usuários acima de 59 anos”, aponta Luis Rogério Franco, diretor comercial da operadora. Segundo ele, proporcionalmente esse produto será o que mais vai crescer em 2012. “As vendas de planos nessa faixa etária, em janeiro deste ano, se comparadas ao mesmo período de 2011, foram três vezes maior”, esclarece. Hoje, o departamento que mais recebe planejamento é o preventivo, chamado Alô Sênior, que cuida do associado da terceira idade.
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Revista Apólice
