O Hospital Paulista realizou ontem (22), no Dia Internacional do Combate ao Mau Hálito, campanha sobre o assunto. O evento contou com exames gratuitos a todos que quiseram saber se têm halitose ou não.
Segundo o Dr. Salomão Caruí, médico otorrinolaringologista e chefe do Departamento de Halitose do Hospital Paulista, o mau hálito ou halitose, como também é conhecido, atinge cerca de 40% da população mundial, e é presente desde o princípio da humanidade. Cerca de 97 doenças podem estar relacionadas e detectar o mau hálito pode trazer diagnóstico precoce em muitos casos. “Quem sofre de halitose não sente o odor desagradável, devido a um fenômeno comum a todos os seres humanos, chamado fadiga olfatória”.
Saiba mais na entrevista abaixo:
O que provoca o mau hálito?
Salomão Caruí: Hoje, temos aproximadamente 97 patologias relacionadas ao mau hálito, de endócrinas à pneumológicas, de renais a dermatológicas. Em praticamente todas as áreas da medicina, temos alguma alteração que pode promover a halitose em conjunto.
Normalmente, o tabu de se falar nesse assunto é enorme e o paciente acaba sofrendo diversas discriminações, em todas as esferas (social, sentimental, profissional etc).
Como evitar?
Salomão Caruí: Alimentar-se regularmente, ingerir bastante líquido, manter a higiene oral adequada e realizar exames “check up” periódicos.
Como identificar quando o problema é sério e requer tratamento médico?
Salomão Caruí: O problema torna-se sério quando após a alimentação correta e higiene oral adequada o paciente continua com o odor desagradável na boca. O curioso é que o paciente que sofre de halitose não consegue sentir o odor porque a boca está próxima ao sistema olfativo. É a mesma situação de aplicarmos um perfume e depois de algumas horas não sentimos mais o cheiro em nosso próprio corpo, chamamos isso de fadiga olfatória.
G.F.
Revista Apólice