Ultima atualização 21 de setembro

Danos das chuvas em Santa Catarina deverão ser menores do que em 2008

As perdas seguradas referentes às chuvas que atingiram Santa Catarina nas últimas semanas devem ser menores do que a tragédia que atingiu o estado em 2008. A previsão é do presidente do Sindseg-SC, Paulo Lückmann. Segundo ele, “apesar do mercado ainda não ter contabilizado os custos totais, o prejuízo para o setor será menor”. A HDI Seguros, por exemplo, já calculou o valor parcial dos sinistros. Até quarta-feira (21), a companhia contabilizou R$ 2,3 milhões. O valor do sinistro está dividido em R$ 1,1 milhão no segmento automóvel (foram 70 veículos atendidos nas cidades de Blumenau, Itajaí, Navegantes, Brusque, Ilhota, Pomerode, Indaial e Aurora) e R$ 1,2 no segmento Property (referente à indenização de duas empresas de fumicultura, uma em Rio do Sul e outra em Ituporanga).
“Na inundação de 2008 tivemos 335 sinistros atendidos. Os danos foram de aproximadamente R$ 4,5 milhões. Comparados a 2008 os números de 2011 são bem menores”, avalia Carlos Alberto Collino, diretor de Sinistros da HDI.
Segundo informações da Agência Brasil, cerca de 160 mil pessoas ainda estão desalojadas e quase 16 mil desabrigadas. O número de municípios afetados chega a 111. Os custos totais ainda não foram contabilizados, mas relatórios parciais apontam que pelos menos os prejuízos em infraestrutura devem atingir R$ 400 milhões.
Para Lückmann, os prejuízos foram menores devido a dois motivos. “Primeiro porque neste ano não houve deslizamentos de terra, como em 2008. Segundo porque a população se preveniu e estava mais preparada”, avalia o presidente do Sindseg-SC. Luckmann conta que em Blumenau, por exemplo, lojistas guardaram seus estoques em locais onde não poderiam ser atingidos por enchentes e motoristas evitaram trafegar em vias com tendência a inundações. De acordo com ele, o Sindseg-SC tem desenvolvido ações para orientar a população no sentido de se prevenir contra enchentes. “Este ano fizemos três palestras sobre mudanças climáticas. A última foi em Joinville, mas já passamos por Blumenau e Chapecó”, comenta.

Atendimento
Com o objetivo de agilizar o atendimento aos segurados afetados pelas chuvas na região, algumas seguradoras preparam esquemas especiais. Além da HDI, as seguradoras Allianz e Tokio Marine montaram estruturas diferenciadas. Outras iniciativas adotadas pela Allianz são garantir que não haverá cancelamento de apólice por falta de pagamento do boleto e a entrega da documentação física, no caso de novos contratos, terá seu prazo estendido.
No caso da HDI, a seguradora disponibilizou uma equipe com dois peritos da matriz para avaliar os danos e um analista de sinistros para visitar os clientes para orientá-los e colher a documentação necessária nos veículos caracterizados como “indenização integral”.
A Tokio Marine, por sua vez, está agilizando os serviços relacionados ao sinistro de automóveis. Os veículos estão sendo resgatados para uma área ampla e segura e higienizados para preservar o bem e reduzir o agravamento dos danos. Além disso, os prestadores da região de Joinville e Florianópolis estão em alerta sobre a possibilidade de deslocamento de caminhões para auxiliar as áreas críticas. As vistorias nas oficinas credenciadas estão sendo realizadas por imagem, sem a necessidade da presença do vistoriador, para agilizar a regulação.

Jamille Niero
Revista Apólice

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