Ultima atualização 25 de agosto

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Colaboradores da Marinho Despachantes aprendem sobre educação financeira

Aproximadamente 85% da população brasileira gasta mais do que ganha. A constatação – que não deixa de ser preocupante – é do administrador de empresas e consultor da BM&FBovespa, Carlos Alberto Barboza da Silva, que nesta quinta-feira (25), às 15 horas, estará na Marinho Despachantes para ministrar o curso “Educar Master”, como parte das comemorações pelos seis anos do projeto Educa Doc, cuja premissa básica é investir na capacitação profissional de jovens.
Sob essa perspectiva, a educação financeira configura-se como uma importante estratégia para que se tenha maior autonomia nas decisões. “O planejamento ajuda a eliminar desperdícios ou a prevenir a falta de dinheiro e evita surpresas que podem ser bem desagradáveis. Neste momento, é preciso verificar nossas reais necessidades. Devemos, portanto, estabelecer objetivos e persegui-los. É preciso ter consciência de nossas limitações financeiras”, orienta.
Mas esta não é uma tarefa fácil. Isto porque, segundo Silva, é um hábito pouco difundido no país. Ele explica que o brasileiro só teve acesso à educação formal e, em função disso, tem dificuldade para administrar e poupar seus recursos, tornando-se refém do dinheiro de plástico (cartão de crédito) e do cheque especial.
A preferência por carnês – sobre os quais incidem juros, que cobrem os custos dos “brindes” oferecidos – faz com que o cidadão normalmente esqueça que, em seu dia a dia, há os gastos fixos, adicionais e variáveis. Há muita dificuldade em poupar: como exemplo, o administrador de empresas cita a aquisição de um carro financiado em 60 meses: ao final do período, o comprador acaba desembolsando o valor de dois veículos.
Para reverter este cenário, é preciso muita determinação e planejamento: é recomendável que se faça um controle de gastos mensais. “O segredo é ter determinação e renunciar a alguns hábitos. Se todos os brasileiros pensassem dessa forma, a vida ficaria mais doce. Com medo da morte, muitos argumentam que gastam para aproveitar. Paradoxalmente, essas pessoas acabam vivendo pelo menos 80 anos e chegam a melhor idade com problemas de renda”.
Numa outra frente, Silva chama a atenção para a importância da conscientização coletiva: o apoio da família mostra-se crucial para o sucesso da iniciativa. “As facilidades oferecidas pelo cartão de crédito e cheque especial permitem que o usuário antecipe desejos, mas ele paga por isso. Na contramão, o ideal é aplicar pelo menos 10% do salário na caderneta de poupança, para conseguir equilibrar as finanças”, recomenda.
Por fim, ele aconselha: as pessoas devem formar patrimônio dos 35 aos 55 anos, antes do envelhecimento. Para o consultor, poucos são os privilegiados que tem uma aposentadoria na faixa de R$ 3 mil. Ainda assim, ele lembra que metade desse valor tende a ser gasto com o plano de saúde, e o restante com condomínio, alimentação e saúde.
“Caso o indivíduo não tiver acumulado uma reserva, como ele vai viver? Se ele segue os preceitos da educação financeira, a vida não machuca muito: não deixa rugas, cicatrizes e nem cabelos brancos. A educação financeira só se aprende por um curso ou, pela dor. A maioria, infelizmente, aprende pela dor”, finaliza.

J.N.
Revista Apólice

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