Ultima atualização 29 de março

Catástrofes custam US$ 43 bilhões ao setor em 2010

As catástrofes que aconteceram no ano de 2010 custaram mais de US$ 43 bilhões ao mercado de seguros, de acordo com o estudo sigma divulgado hoje pela Swiss Re. Desse valor, US$ 40 bilhões correspondem a desastres naturais e US$ 3 bilhões causados pelo homem. O valor é 60% superior ao registrado em 2009, estimado em US$ 27 bilhões. “2010 não foi marcado apenas por intensos terremotos que se enquadram entre os mais fatais, mais custosos e mais violentos da história, mas também por uma série de eventos meteorológicos extremos tais como as grandes inundações. Alguns desses eventos de inundações lamentavelmente afetaram países pouco preparados para emergências além de mercados de seguro subdesenvolvidos”, analisa Thomas Hess, economista-chefe da Swiss Re.
Segundo estimativas da Swiss Re, as catástrofes do ano passado causaram US$ 218 bilhões em danos econômicos, mais do que o triplo registrado em 2009 – US$ 68 bilhões. Os terremotos correspondem a um terço de todas as perdas com catástrofes do ano passado, incluindo o terremoto que aconteceu em fevereiro no Chile e custou US$ 8 bilhões e o tremor na Nova Zelândia, em setembro, com custos estimados em US$ 4,4 bilhões. Outras oito catástrofes causaram, no mínimo, US$ 1 bilhão em danos segurados durante 2010.
As perdas decorrentes de terremotos em 2011 também ficarão acima da média, uma vez que a estimativa do total de sinistros segurados para o terremoto de 22 de fevereiro em Christchurch, Nova Zelândia, está entre US$ 6 bilhões e US$ 12 bilhões. O violento terremoto Tohoku que assolou a cidade de Sendai, no Japão, em 11 de março, deverá desencadear perdas seguradas significativas. “Embora não haja uma tendência de longo prazo no aumento da atividade de terremotos em nível mundial, o número de vítimas e perdas seguradas em consequência de terremotos está aumentando. As principais razões são o crescimento populacional, o maior número de pessoas vivendo em áreas urbanas bem como o aumento da riqueza e o rápido crescimento das exposições. Muitas dessas áreas urbanas em acelerado crescimento ocupam zonas de atividade sísmica”, resume Balz Grollimund, um dos autores do estudo.
Para Thomas Hess, esses eventos mostram a necessidade premente de aprimorar amplamente a prevenção e a gestão pós-desastre para reduzir o sofrimento humano. A riqueza que cresce rapidamente nos mercados emergentes também deveria ser usada para enfrentar esses problemas. “Esta riqueza permitirá que o seguro cresça e que parte da grande lacuna de proteção de seguro seja preenchida em muitos mercados emergentes, a principal razão pela qual a proteção financeira contra catástrofes é baixa na maioria dos mercados emergentes”, conclui o economista-chefe da Swiss Re.

Jamille Niero
Revista Apólice

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