Ultima atualização 07 de janeiro

Sincor-SP inicia 2011 com evento sobre excesso de riscos declinados

O Sincor-SP vai iniciar a sua programação de eventos em 2011 com um encontro para discutir o atual excesso de riscos declinados. A reunião ocorrerá em 16 de fevereiro, em São Paulo, no Maksoud Plaza. O presidente da entidade, Mário Sérgio de Almeida Santos, pede a presença de todo o setor de seguros no editorial que redigiu no JCS, veículo do sindicato que circula nacionalmente com 30 mil exemplares (edição de janeiro). “Por que as seguradoras vêm declinando tantos riscos? Isto está sendo observado com mais clareza nos ramos elementares”, observa Santos em seu artigo. De acordo com ele, aparentemente, trata-se de um processo decorrente da quebra do monopólio do IRB Brasil Re. “Antes deste evento, era muito mais fácil fazer seguro. Bastava enviar o que não prestava para o IRB na forma de resseguro. O IRB não se queixava, pois os bons riscos compensavam os maus e, no final, lucrava com a sua megaoperação. Acontece que esta distorção acabou”, disse. Segundo ele, após a abertura, as resseguradoras estrangeiras passaram a “abocanhar” os riscos bons, fazendo com que o IRB não mais aceitasse com resignação os riscos que não o interessam. “Resultado: o mercado ficou repleto de consumidores que não encontram companhias dispostas a aceitar o seu seguro”, complementa o presidente do Sincor-SP.
Na opinião de Santos, ao que parece, o monopólio do IRB produziu mais esta mazela: impediu o amadurecimento da sociedade com relação à necessidade de tratar os riscos. “Neste aspecto, as seguradoras precisam abandonar a postura infantil de dizer apenas ‘eu não quero’. Por conta desta realidade, o mercado foi questionado pelo governo com relação aos grandes riscos, tendo em vista a perspectiva de forte expansão na infraestrutura do país. Aparentemente, o setor privado de seguros conseguiu provar que dará conta do recado. Mas, daqui a pouco, seremos questionados novamente: e quanto aos riscos menores?”, indaga. Em seu artigo, ele destaca que há vários segmentos prejudicados: química, papel e celulose, artigos de vestuário, postos de gasolina e outros.
“Não pode haver riscos declinados simplesmente porque é mais fácil a recusa do que a busca de soluções para situações complexas”, acrescenta Santos. Para ele, a informações e tecnologia existentes hoje devem ser utilizadas para auxiliar a mitigar os riscos. “Somente dessa forma o mercado de seguros cumprirá o seu papel de agente protetor e merecedor da confiança da sociedade. Senão seremos nós os declinados”, finaliza o presidente do Sincor-SP no editorial do JCS.

J.N.
Revista Apólice

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