Cerca de 300 médicos da Sociedade de Cirurgia Cardiovascular do Estado de São Paulo se reunirão no próximo sábado, dia 6 de novembro, na sede da Associação Paulista de Medicina para Assembléia Geral de Constituição de Cooperativa.
Entre as reivindicações para a abertura da cooperativa está o aumento dos honorários cirúrgicos com convênios médicos. “Uma cirurgia cardíaca leva em média de 4 a 5 horas para ser realizada e é composta por uma equipe de cerca de cinco profissionais e o valor que os convênios destinam é de aproximadamente de R$1.800,00”, explica o médico Mauricio Galantier, que lidera a abertura da cooperativa.
Os convênios utilizam como referência para os pagamentos dos procedimentos médicos uma tabela defasada da AMB – Associação Médica Brasileira – de 1990, sendo que em 2005 foi constituída a Tabela CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos da Associação Médica Brasileira) que já está em sua quinta edição. “Raríssimos convênios tem aceitado essa última tabela”, comenta o médico.
A cooperativa pretende negociar o valor dos honorários médicos junto aos convênios. Caso algum convênio se negue, os médicos unidos atenderão apenas casos de emergência dessa empresa e o convênio não terá mais esses especialistas para operar seus pacientes eletivos. “Os casos de emergência independem dos convênios, e assim sendo os médicos não se negarão a operar nessas condições”.
Em alguns estados brasileiros como Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, entre outros, foram formadas cooperativas, que unidas e com a colaboração da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, há pouco menos de um mês conseguiram modificar os honorários dos cirurgiões cardiovasculares na esfera pública. Esse é o primeiro movimento de um grande estado (no qual são realizadas cerca de 50% de todas as cirurgias cardíacas do Brasil) que juntará cerca de 300 médicos cirurgiões cardiovasculares em uma cooperativa.
J.N.
Revista Apólice