Recuperado dos efeitos da crise econômica, o mercado de assistência privada de saúde volta a se aquecer, possibilitando cada vez mais às empresas oferecer opções de planos a seus funcionários. As administradoras de benefício se inserem nesse cenário como agentes negociadores, que buscam o melhor produto de acordo com a necessidade de cada cliente.
Segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), desde março deste ano 23 empresas obtiveram registro para operar. “Hoje existem apenas duas ou três grandes administradoras de benefícios. A maioria é de pequeno porte,” conta o advogado especializado em saúde suplementar Dagoberto J. S. Lima. Além disso, predominam no mercado as estrangeiras ou nacionais com investimentos externos, como é o caso da Qualicorp, que teve 70% do capital vendido para o The Carlyle Group. “O ramo é muito promissor. O mercado está aquecido e a atividade oferece vantagens para os empresários,” aposta Lima.
Com atuação regulamentada recentemente – em julho de 2009 – as administradoras de benefícios têm amplo espaço para crescer. Além do cenário ideal, o segmento é impulsionado pelo principal objetivo das empresas na contratação de planos: conseguir vantagens de cobertura e principalmente de preço. Seu alto poder de negociação frente às operadoras deve-se ao fato de representarem um número muito grande de beneficiários.
A atividade já vinha sendo praticada até que, em julho de 2009, a ANS formalizou as regras de atuação com a Resolução Normativa 196. De acordo com a decisão, administradoras de benefícios são empresas contratadas para avaliar e propor opções de planos privados coletivos de assistência à saúde. Também oferecem apoio técnico na discussão de aspectos operacionais, como negociação de reajuste; aplicação de mecanismos de regulação pela operadora de plano de saúde e alteração de rede assistencial. O serviço é estipulado de acordo com as possibilidades financeiras e necessidade de atendimento do contratante.
J.N.
Revista Apólice
