O diretor de Seguros Patrimoniais da Zurich Seguros, Luciano Calheiros, foi um dos palestrantes do evento “Resseguro e Cosseguro no Novo Contexto do Mercado Brasileiro”. Promovido pela Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR), o evento foi realizado nesta quarta-feira, 9 de junho, no Auditório da CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização) no Rio de Janeiro. No encontro, estiveram reunidos corretores, seguradoras, clientes e outros agentes do mercado de seguros para debater as principais mudanças trazidas pela abertura do mercado de resseguros.
Calheiros enfocou o cosseguro. “A efervescência da área de infraestrutura acabou gerando o debate se o mercado segurador brasileiro teria capacidade para segurar volume tão grande de projetos. Estou certo de que o mercado nacional tem essa capacidade e um dos principais instrumentos é o cosseguro”, afirmou. O diretor da Zurich explicou que no cosseguro, as seguradoras dividem os riscos de determinada apólice ou programa. “Quando o mercado de resseguros era fechado, o cosseguro não tinha um impacto tão grande, uma vez que o resseguro da operação era obrigatoriamente feito pelo IRB. Agora que o mercado é aberto, as capacidades das seguradoras são somadas, já que as companhias podem buscar outras resseguradoras, o que expande o volume de risco que pode ser coberto”, explicou.
Um exemplo deste formato de operação foi o programa de seguros de Riscos de Engenharia e Seguro Garantia da construção da Usina de Santo Antonio, no Rio Madeira. O volume segurado foi superior a R$ 10 bilhões e foi viabilizado por um pool de seguradoras e resseguradoras, do qual a Zurich faz parte. “Acredito que esse é o caminho para as demais grandes obras como a Usina de Belo Monte e o Trem de Alta Velocidade. O mercado segurador é um importante viabilizador de investimentos e do desenvolvimento econômico”, afirma Luciano Calheiros.
J.N.
Revista Apólice