Ultima atualização 08 de abril

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Vinci Partners lança a Vitrus

Um grupo de 20 ex-sócios do Banco Pactual resolveu apostar no mercado de seguros.
Liderados por Gilberto Sayão, que após a saída do banco no ano passado criou a empresa de investimentos Vinci Partners, os executivos acertam os detalhes finais para a criação de uma seguradora que atuará com apólices empresariais e de grandes obras de infraestrutura.
Só os segmentos de grandes riscos e garantias de obras e projetos devem movimentar R$ 9 bilhões em prêmios até 2016.
A nova seguradora deve se chamar Vitrus e começou a ser criada a partir do zero e em sigilo num escritório em São Paulo.
Estima-se que, para atuar na cobertura nacional de grandes riscos, uma empresa necessite de, no mínimo, R$ 40 milhões em capital, mas dinheiro deve não deve ser problema para a nova seguradora. A empresa de investimentos de Gilberto Sayão e seus sócios nasceu há menos de um ano com nada menos que R$ 5 bilhões de ativos em administração.
A estratégia da nova seguradora é mantida em segredo e ninguém envolvido na operação comenta o assunto. Sayão é avesso a fotos e entrevistas.
Segundo duas fontes próximas, os ex-sócios do Pactual ficaram animados com as perspectivas para o mercado de seguros e seu potencial de crescimento, em meio a obras para o pré-sal, Copa do Mundo, Olimpíadas, trem-bala, construção civil, concessões rodoviárias e estaleiros. Para tocar a Vitrus, foi contratado Carlos Frederico Ferreira, que era diretor da Fator Seguradora, empresa criada há dois anos pelo Banco Fator para a área de crédito e garantias.
Sayão era sócio de André Esteves no Pactual e a sociedade foi desfeita em meados do ano passado, em meio ao fim do acordo societário do banco brasileiro com o suíço UBS. Os dois sócios estabeleceram uma regra de não competição. Assim, Sayão não poderá criar um banco ou uma corretora. O resto está liberado. É aí que entra a estratégia da seguradora. Gestão de recursos, fundos de participação e assessoria a fusões e aquisições estão entre as outras áreas que a Vinci quer se focar.
A Vinci, cujo nome veio do pintor italiano Leonardo da Vinci, tem em torno de 20 sócios.
Além de Sayão, há outros executivos conhecidos da época do Pactual, como Rodrigo Xavier, que chegou a ser presidente e CEO do UBS Pactual no Brasil, e Alessandro Horta, que foi diretor da gestora de recursos do banco.

Novos competidores
A criação da Vitrus ocorre em um momento de aquecimento no mercado de seguros de grandes riscos. Em março, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) aprovou o início das operações do grupo canadense FairFax no Brasil. Tocado por Jacques Bergmann, exdiretor da Itaú Seguros, o objetivo da empresa é atuar em segmentos como aeronáutico, seguros marítimos, transporte, energia e petróleo. O grupo também trouxe ao País sua resseguradora, a Odyssey Re, com sede nos Estados Unidos. A FairFax nasce com capital de R$ 44,3 milhões.

Jornal do Commercio-RJ

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