Ultima atualização 14 de abril

Liberty Seguros começa a pagar indenizações às vítimas no Chile

Passadas seis semanas dos tremores de 8,8 graus na escala Richter que abalaram o Chile, o mercado de seguros começa a consolidar os atendimentos de sinistros e a pagar as indenizações às pessoas que tiveram seus bens danificados ou perdidos. A seguradora Liberty começou a pagar as indenizações às vítimas do terremoto nesta semana.
O governo chileno estima que o mercado segurador pague entre US$ 7 bilhões e US$ 9 bilhões em indenizações proveniente de perdas com o terremoto do mês passado. “Essa também é nossa estimativa”, diz Tom Walker, vice-presidente técnico da Liberty Mutual para a América Latina.
Segundo ele, a seguradora detém11,5% dos riscos de terremoto no país. Como estes são riscos grandes, entra a figura do ressegurador (seguradora da seguradora) nesses eventos. “Recuperaremos uma parte dos valores pagos nas indenizações com as resseguradoras”, explica o vice-presidente da seguradora.

Ocorrências

“Tivemos um dia um pico de atendimentos, equivalente aos sinistros de vários anos somados”, conta Walker. Segundo ele, 90% das perdas seguradas pela Liberty se referema seguros de residências. “Normalmente, recebemos de 400 a 500 sinistros por ano nesse segmento. Por conta do terremoto, já registramos até 20 mil ocorrências até agora”, contabiliza. A maioria é originária do sul do país, já que o epicentro do tremor foi no mar, a 115 km da cidade de Concepción e 325kmda capital Santiago.
Walker explica que a maioria das casas chilenas é de alvenaria, como no Brasil, e por isso registram poucas ocorrências de sinistros em períodos normais, em que não são registrados desastres naturais, diferentemente dos Estados Unidos, onde o nível de sinistros é maior porque as casas são de madeira, mais sujeitas a incêndios.
A maior parte das apólices de casas feitas pela Liberty no Chile não são as que seguram os bens da residência, mas sim a estrutura física. Esse seguro é comercializado junto com o financiamento do imóvel feito pelos bancos. “Temos parcerias com instituições financeiras lá”, comentaWalker.
Para atender a um número de ocorrências 40 vezes maior do que o normal, a Liberty teve de reforçar sua estrutura. O número de posições no call center local foi ampliado de cinco para 25. Além disso, em Orlando (EUA), há uma estrutura permanente de atendimentos dedicada a catástrofes. Foram, então, recrutadas dez pessoas que falam espanhol para atender exclusivamente às ligações do Chile.
A equipe local que faz a vistoria dos sinistros – análise das perdas para determinar o valor das indenizações – também foi reforçada. Hoje, são 20 profissionais na rua, entre eles sete americanos e três colombianos.
Para facilitar agilizar os pagamentos de indenizações – que podem ser feitos diretamente na conta corrente do segurado – a seguradora está aceitando, para sinistros pequenos, o envio de fotos tiradas pelos segurados enviadas por celular ou internet.

Thais Folego
Brasil Econômico

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