Ultima atualização 02 de março

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Só 6% das casas chilenas têm seguro anti-sismo

À medida que a economia chilena volta, pouco a pouco, à normalidade, começam a surgir os números mais apurados do custo do sismo que devastou o país latino americano na madrugada de sábado. A associação das seguradoras, que opera no país, estima pagamentos na ordem dos 1,9 bilhões de euros, embora apenas 6% das casas do país tivessem cobertura contra sismos. Antes as agências de avaliação já tinham estimado perdas na ordem dos 11 e os 22 bilhões de euros, ou seja, entre 10 e 20% do Produto Interno Bruto (PIB) da nação.
Embora o Chile tenha sido um país pouco afetado pela crise financeira global – a economia contraiu-se 1,7% no ano passado -, os especialistas consideram que a moeda do país, o peso chileno, está vulnerável aos ataques dos especuladores. Para impedir uma queda forte da divisa nacional, o banco Goldman Sachs considera que o governo de Santiago vai recorrer ao fundo de poupanças do país, que tem ativos no valor de 8,38 bilhões de euros. Além disso, tanto o Goldman como a agência de rating Moody’s acreditam que o banco central do Chile vai adiar um aumento das taxas diretoras, uma vez que a recuperação econômica do país vai indubitavelmente ressentir-se do cataclismo.
No terreno, as pilhagens continuam nas cidades mais devastadas pelo sismo que causou até agora 723 mortos e 19 desaparecidos. Cerca de nove hospitais no país estão inoperacionais, mas os bancos confirmam a abertura de mais de 70% das suas sucursais.
A situação mais difícil está a ser vivida na segunda maior cidade do país, Concepción, onde a maior parte dos habitantes tem pouca comida e continua sem água e eletricidade. O Exército foi forçado a intervir, disparando gás lacrimogêneo e fez mais de 30 detenções entre os saqueadores, alguns dos quais estavam a tentar fugir das lojas com televisões de plasma. Na madrugada de segunda-feira, o governo declarou o recolher obrigatório nas áreas mais atingidas do país, o qual tem sido cumprido, apesar do grande número de réplicas que se têm feito sentir ter levado dezenas de milhares de pessoas a voltar a fugir para as ruas.

Brasil Econômico-Portugal

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