A Amil anunciou, na última sexta-feira, a aquisição da Assistência à Saúde (ASL), segunda maior provedora de planos de saúde no Rio Grande do Norte, com 70 mil membros e receita de R$ 75 milhões em 2009. A Amil pagou R$ 8,6 milhões na aquisição e assumiu até R$ 6,0 milhões em dívidas. “Nossos analistas veem essa aquisição como positiva, pois mostra que a Amil não deve desacelerar a sua estratégia de crescimento através de aquisições após a aquisição da Medial, à procura novas oportunidades”, destaca relatório da Bradesco Corretora, onde os analistas Rafael Frade e Carlos Firetti são os responsáveis pelo setor de saúde. No entanto, de acordo com ele, isso levanta algumas preocupações sobre a capacidade de a empresa extrair sinergias de todas essas operações ao mesmo tempo. “Por outro lado, outro ponto positivo é que, apesar do pequeno tamanho, essa aquisição aumenta significativamente a participação da Amil do mercado da região Nordeste (de 5% a partir de 3.6%)”, completam.
Ainda segundo os analistas, o preço pago parece barato, “Não há nenhum indicador de rentabilidade da ASL, mas supondo que Amil fosse capaz de trazer a margem líquida da ASL para apenas 1%, o preço sobre o lucro (P/L) no negócio seria 11,5 vezes, o que parece ser um bom preço em relação ao atual P/L da Amil, de 14,8 vezes”, afirmam.
Brasil Econômico
