Ultima atualização 10 de abril

powered By

Brasil é o 8° país mais perigoso para transporte de cargas

O número de roubos de cargas registrados no Brasil subiu 86%, passando de 22 mil casos por ano, afirma Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro

cargas

Dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro – Firjan – mostram que entre 2011 e 2016 o número de roubos de cargas no Brasil disparou. Foi um acréscimo de 86%, passando de 22 mil casos por ano. A pesquisa foi feita no trecho da BR-116 entre Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro; na SP-330, entre Uberaba e Santos; além da BR-050, entre Brasília e Santos. Os estados do Acre, Amapá, Pará e Paraná não foram avaliados.

Em 2016, os prejuízos com roubo de cargas chegaram ao valor recorde de mais de R$ 1,4 bilhão. Em 2011 esse montante era de quase metade: R$ 761 milhões. Além disso, o Brasil é considerado um dos países mais perigosos em relação ao transporte de cargas. Segundo um comitê do setor de cargas no Reino Unido, entre os 57 países mais arriscados, o Brasil está em 8°; sendo tão perigoso o transporte no País quanto no Iraque ou na Somália, nações que convivem com conflitos armados há anos.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Brasil possui mais de 70 mil empresas de transporte. Elas são responsáveis pela movimentação de alimentos e produtos para o abastecimento de mercadorias aos consumidores, comércios e indústrias. Em todo o território nacional, as movimentações de cargas devem ter um seguro para evitar prejuízos. Eles servem para casos de roubos e acidentes, sendo obrigatório o seguro de responsabilidade civil. É o que  explica Flademir Lausino de Almeida, sócio diretor da AT&M Tecnologia.

Averbação de cargas

Averbação significa coletar todas essas informações; checar para saber se os dados da carga estão coerentes com a apólice do seguro do cliente e transmitir essa informação para a seguradora. Tudo é registrado de forma online, todas as informações ficam armazenadas no sistema por mais de um ano. A transportadora emite o documento de Conhecimento de transporte e isso fica registrado no sistema da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) de cada estado. Desta forma, o SEFAZ responde positivamente através de um protocolo que significa a liberação fiscal da mercadoria em relação aos impostos.

Para que a carga fique devidamente coberta pelo seguro, o segurado disponibiliza informações do conhecimento de transporte para o sistema da AT&M. A plataforma checa o tipo de carga e se está compatível com tipo de seguro; em relação ao trajeto da carga, distância e valores.

Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 61% de toda a carga transportada no Brasil utiliza o sistema modal rodoviário; 21% passam por ferrovias, 14% pelas hidrovias, terminais portuários fluviais, marítimos e apenas 4% por via aérea.

É obrigatório o seguro de responsabilidade civil em todos os transportes de carga em território nacional, para evitar prejuízos em casos de roubos e acidentes. Esse processo de registrar a movimentação, análise e verificação da mercadoria é conhecido como “averbação eletrônica”, ou seja, toda carga precisa estar assegurado. “Por isso, é importante que todos os segmentos de transporte realizem a averbação eletrônica de suas mercadorias transportadas, alerta Flademir Lausino.

A.C.
Revista Apólice

Compartilhe no:

Assine nossa newsletter

Você também pode gostar

Feed Apólice

Ads Blocker Image Powered by Code Help Pro

AdBlock Detectado!

Detectamos que você está usando extensões para bloquear anúncios. Por favor, nos apoie desabilitando esses bloqueadores de anúncios.

Powered By
100% Free SEO Tools - Tool Kits PRO