O superintendente geral da Central de Serviços e Proteção ao Seguro da Fenaseg, Julio Avellar, falou ontem, 23 de maio,em Porto Alegre para os operadores do setor. O executivo falou no Almoço do Mercado Segurador, promovido pelo Sindicato das Seguradoras no RS – Sindseg-RS. Ele abordou os resultados positivos da implantação do Pátio Legal no Rio de Janeiro, lembrando que no Brasil cerca de 400 mil carros são roubados ao ano. Quase 50% são recuperados, porém destruídos, muitas vezes pelas depredações dos próprios agentes públicos ou saqueados nas ruas. “Em 10% dos casos, os carros roubados são encontrados fechados e às vezes o ladrão deixa a chave em cima da roda”, revelou.
A meta do Pátio Legal é alcançar índices como na França, que registra o mesmo número de roubos do Brasil, mas recupera 95% veículos e inteiros. O Pátio Legal na cidade carioca já restituiu 120 mil veículos, o que representa uma economia de R$ 600 milhões para a população.
A expectativa é de que, a medida que diminuam as perdas, o seguro se torne mais barato. Ele criticou a tabela FIPE, afirmando que o Brasil é o país que mais paga na indenização de roubo e furto, do que se vender a um terceiro. “Isso gera desvio, atratividade para o furto e roubo”, garantiu. Sobre a lei dos desmontes, Julio Avellar destacou o caráter preventivo ao crime, uma vez que não valerá a pena manter um mercado ilegal, já que as peças serão vendidas de forma legal por um preço baixo. Ele informou ainda que a Federação já está trabalhando na formação de um boletim de ocorrências integrado em todo o país, que poderá identificar todos os registros com ou sem vítimas. “Tenho certeza que o Pátio Legal vai acontecer no Estado, assim como a implantação da nova lei dos desmontes também deverá começar no Rio Grande Sul”, finalizou.
A.C.
Revista Apólice