Ultima atualização 03 de dezembro

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IBA debate desafios da longevidade no setor de seguros

O Instituto Brasileiro de Atuária (IBA) realizou no dia 27 de novembro em São Paulo, o 1º Fórum de Longevidade, reunindo atuários, professores e especialistas para discutir desafios e oportunidades ligados ao envelhecimento populacional. As plenárias abordaram impactos na saúde, no setor de seguros, na economia e na formação de novos mercados.

Dados recentes do IBGE reforçam a urgência do tema. O Brasil vive uma das transições demográficas mais rápidas do mundo: em 1980, idosos acima de 65 anos representavam 4% da população; hoje já ultrapassam 11%. O país deve, por volta de 2040, ter mais idosos do que crianças e adolescentes, as projeções indicam que um em cada quatro brasileiros terá mais de 60 anos em 2050.

Na abertura, o presidente do IBA, Giancarlo Germany, destacou que o desafio de desenvolver produtos financeiros e modelos de proteção para populações longevas acompanha a história do campo atuarial, mas ganha nova complexidade diante da velocidade atual das transformações. “A busca pelo equilíbrio é uma constante na relação do atuarial com o mercado e a sociedade”, afirmou. Ele também ressaltou que o envelhecimento ultrapassou o debate técnico e já integra a agenda social, citando o tema da redação do Enem como exemplo da ampliação do debate entre jovens.

O evento contou com debates sobre “Saúde na Longevidade”, com o professor Luiz Roberto Ramos (Unifesp); “Longevidade no Mercado Securitário”, com Nilton Molina (Instituto de Longevidade da MAG Seguros) e Eduardo Lamers (Abrapp); “Saúde Suplementar na Longevidade”, com Martha Oliveira (Grupo Laços) e Cátia Mantini (ANS); “Economia e Mercado de Trabalho”, com Mórris Utvak (Maturi) e Clea Klouri; além do painel “Desafio na Estruturação de Novos Mercados”, com o economista Hélio Zylberstajn (FEA-USP) e integrantes do GT de Longevidade do IBA.

Os especialistas destacaram a necessidade de planejamento financeiro para ciclos de vida mais longos, revisões no conceito de aposentadoria, maior foco em educação financeira, impactos diretos na saúde e no bem-estar e a busca por equidade no envelhecimento.

Ao final do encontro, foram anunciados os vencedores do 9º Prêmio Ricardo Frischtak. O primeiro lugar ficou com o artigo “Seguros de vida inteira e análise de persistência: uma abordagem com modelos de sobrevivência com fração de cura”, das atuárias Yasmin Santana da Silva e Milena Duarte da Rocha. O segundo lugar foi para a proposta de “Fundo assistencial para cobertura de eventos extremos em operadoras de planos de saúde”, de Luanvir Luna da Silva. Em terceiro lugar, ficou o trabalho “Modelos de precificação atuarial de letra de risco e seguro para catástrofe climática no Brasil”, de Beatriz Pimenta Nora.

A premiação busca incentivar a produção acadêmica na área atuarial e homenageia, in memoriam, o professor Ricardo Frischtak. O concurso é voltado a atuários e estudantes de Ciências Atuariais associados ao IBA.

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