Ultima atualização 08 de outubro

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Quem matou Odete Roitman? E como fica o seguro de vida da vilã de Vale Tudo?

Diante de tanta especulação e suspeitos na nova versão da novela Vale Tudo, o portal Notícias do Seguro convidou um experiente sindicante de seguros para fazer uma investigação paralela e ajudar a desvendar o mistério que mobiliza as redes sociais desde a noite de segunda-feira, 06 de outubro.

O acompanhamento está a cargo do sindicante Ben-Hur Kowal Leite, um dos profissionais mais requisitados pelo mercado em casos de suspeitas de fraudes. “O objetivo da sindicância nunca é o de protelar ou negar o pagamento (do sinistro), mas confirmar se o pagamento da indenização é devido”, explica ele.

Na nossa história, a razão do portal decidir acompanhar o caso é a descoberta de que a magnata possuía uma apólice de vida milionária, com alguns dos beneficiários na lista de suspeitos do homicídio. E, como bem sabe qualquer operador do Direito securitário, beneficiário homicida não recebe indenização.

Nas investigações reais, o sindicante busca provas no local do sinistro, analisa documentos e declarações para confirmar a veracidade dos fatos descritos na ocorrência, entrevista beneficiários, coleta imagens de câmeras — tudo para identificar eventuais padrões de fraude ou outras situações que podem levar à perda da cobertura do seguro, o que é essencial para a prevenção e o compliance da empresa. Por fim, elabora um parecer técnico que finaliza a investigação, com recomendações sobre como as seguradoras devem proceder, incluindo o envio de suas conclusões às autoridades policiais e ao Ministério Público, no caso de abertura de um processo judicial por suspeita de fraude.

O prazo dessas investigações é célere: de cinco a quinze dias. Como a novela acaba no dia 17, a expectativa é que o relatório de Ben-Hur seja publicado pouco antes, recomendando quem deve ficar de fora da indenização, caso seja o autor do assassinato. Será que ele vai acertar o autor? “Fique claro que o trabalho de campo, muito importante na sindicância por trazer elementos palpáveis e o desenrolar dos fatos, não estará disponível nessa apuração, que será concentrada apenas nas imagens e diálogos da trama”, declara ele.

O sindicante acompanhará as pistas que serão exibidas, em pílulas, nos próximos capítulos, para concluir seu relatório. No seu radar estão os personagens que estavam no Hotel Copacabana Palace no dia do crime. Na lista preliminar: Marco Aurélio (Alexandre Nero), César (Cauã Reymond), Heleninha (Paolla Oliveira), Celina (Malu Galli) e Maria de Fátima (Bella Campos). Mas outros nomes poderão surgir.

O sindicante Ben-Hur foi convidado porque, em 1998, evitou que cinco seguradoras pagassem R$ 1,5 milhão a uma falsa viúva em um caso de falso atropelamento de um advogado no Guarujá. A investigação tornou-se referência por ter sido conduzida em condições adversas — o corpo fora cremado e o legista, curiosamente, não coletara as impressões digitais da vítima.

Desconfiado, Ben-Hur notou incongruências: uma bicicleta simples demais para um advogado rico, o acidente em uma rodovia deserta na madrugada, a ausência de documentos e apenas R$ 16 e três chaves com o corpo. Entrevistas contraditórias reforçaram a suspeita de fraude.

Durante a sindicância, ele descobriu que o segurado possuía cinco apólices de seguro de vida e que a suposta vítima era, na verdade, “Alemão”, um morador pobre da região, confundido (ou substituído) pelo advogado desaparecido. A confirmação veio de testemunhas, incluindo o paramédico e o casal que atropelou o homem.

Após quase um ano de apuração, a Justiça concluiu o caso: as seguradoras foram liberadas de pagar as indenizações indevidas, a falsa viúva e o legista foram indiciados, o advogado tornou-se foragido e o verdadeiro atropelado teve sua morte oficialmente reconhecida.

Uma história de sagacidade e método — e um clássico na história das sindicâncias de seguros.

O certo é que, quer na ficção, quer no mundo real, não se paga seguro de vida antes do relatório do sindicante para casos suspeitos.

Por Vagner Ricardo, CNseg.

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