EXCLUSIVO – Durante apresentação sobre as capacidades de inteligência artificial aplicadas ao mercado de seguros, Luanna Eroles, diretora de inovação da s360, e Luciana Póvoa, CIO da Bradesco Seguros, destacaram como a IA está transformando a relação entre seguradoras, corretores e consumidores. Ambas ressaltaram que o foco está em oferecer soluções personalizadas, escaláveis e centradas nas necessidades reais do cliente, com base em dados e análises preditivas. Elas foram entrevistadas por Franklin Manchester, Global Insurance Strategic Advisor da SAS.
Luanna Eroles explicou que o uso inteligente de dados é o ponto de partida para qualquer estratégia de IA eficiente. “A inteligência artificial só faz sentido quando aplicada para resolver problemas concretos, com base em dados estruturados e objetivos claros. Na s360, nosso desafio é conectar modelos de IA a múltiplas plataformas de dados para gerar insights que realmente façam diferença no negócio”, afirmou.
Ela acrescentou que o propósito da empresa é tornar a IA acessível e tangível, especialmente em um setor como o de seguros, onde a confiança é um ativo central. “Mais do que automatizar processos, queremos ajudar as seguradoras e corretores a entenderem melhor o comportamento do consumidor e a oferecerem experiências personalizadas, sem perder o toque humano”, destacou.
Já Luciana Póvoa reforçou que a companhia enxerga a IA como uma ferramenta estratégica para aprimorar a comunicação com o cliente e elevar o nível de eficiência operacional. “Estamos em um momento em que a tecnologia não é mais diferencial,e sim um requisito. A inteligência artificial nos permite entender padrões de comportamento, antecipar necessidades e oferecer soluções no momento certo, da forma certa”, disse.
Segundo Luciana, o foco da Bradesco Seguros é garantir que a inovação tecnológica esteja a serviço da experiência do cliente e não o contrário. “A IA é poderosa, mas precisa estar alinhada a valores humanos e à ética no uso de dados. É assim que criamos confiança e fortalecemos a relação com nossos segurados e parceiros”, completou.
Escalabilidade e transformação cultural
As executivas também destacaram que o desafio da transformação digital não é apenas técnico, mas cultural. “Escalar o uso de IA exige desenvolver pessoas, treinar equipes e criar uma cultura de dados”, observou Luanna. Para ela, as seguradoras que souberem integrar tecnologia e propósito terão vantagem competitiva no médio e longo prazo.
Luciana concordou: “A inovação é uma jornada coletiva. Precisamos capacitar nossos times para que compreendam o potencial da IA e saibam aplicá-la no dia a dia, com foco no cliente e no resultado”.
A integração entre tecnologia, dados e empatia vem moldando o futuro da indústria de seguros. Tanto s360 quanto Bradesco Seguros acreditam que o uso ético e estratégico da inteligência artificial pode reduzir riscos, otimizar operações e fortalecer vínculos de confiança com os clientes.
“Estamos apenas no início de uma revolução silenciosa, mas extremamente poderosa. A IA está transformando não apenas como vendemos seguros, mas como cuidamos das pessoas”, concluiu Luanna.
Kelly Lubiato, de Las Vegas