EXCLUSIVO – Assim como qualquer outro negócio, uma seguradora só é lucrativa se sua receita não for superada pelos custos. Entretanto, essa equação relativamente simples se torna muito mais complicada quando levamos em conta as nuances associadas ao setor de seguros. Enquanto outros segmentos de mercado podem aumentar os preços para compensar os custos mais altos, as seguradoras devem obedecer às regras e regulamentos que estipulam não apenas o valor, mas também quando e como os prêmios podem ser ajustados. Dessa forma, mesmo quando é permitido ajustar os prêmios, as seguradoras podem acabar pagando mais por sinistros que estão cobertos por um prêmio menor.
As perdas com sinistros compõem uma parte significativa dos índices combinados. Elas são afetadas por uma variedade de fatores fora do controle das seguradoras. Por exemplo, a tecnologia encontrada nos automóveis de hoje aumenta muito o custo dos reparos. A inflação e os problemas da cadeia de suprimentos podem encarecer o reparo de uma casa ou apartamento após um incidente. E, como vemos repetidamente, os eventos climáticos estão se tornando mais frequentes e mais severos, aumentando a frequência e a gravidade dos sinistros.
Há medidas que as seguradoras podem tomar para impactar positivamente os índices combinados que não estão relacionadas ao aumento dos prêmios. Entre as estratégias de rápido retorno temos a mitigação de pagamento de sinistros fraudulentos. E, embora pareça simples na teoria, na prática é um processo moroso, que exige uma análise criteriosa. Organizações internacionais como o National Insurance Crime Bureau (NICB) e a Coalition Against Insurance Fraud (CAIF) relatam que por volta de 10% de todos os sinistros de seguros incluem algum elemento de fraude ou ocultação de fatos, representando bilhões de dólares em perdas por ano. Essas perdas atribuídas à fraude contribuem significativamente para o impacto no índice combinado. A Shift conseguiu apontar entre seus clientes que entre 2% a 3% do índice combinado de uma seguradora pode ser proveniente de sinistros fraudulentos. No entanto, a análise manual de uma base de sinistros torna o processo de identificação dos legítimos e fraudulentos mais difícil, seja onerando o tempo na análise e liquidação para clientes corretos (Falsos-Positivos) ou seja deixando passar eventos que dependem da correlação de outros dados fora do campo de visão dos diferentes grupos de análise.
E não é apenas o volume de fraudes que está sendo perpetrado contra as seguradoras que dificulta a detecção e a interrupção. Os fraudadores estão constantemente evoluindo seus métodos, adotando novas tecnologias para cometer fraudes e ocultação de fatos; inventando novos esquemas em rede, recrutando ou coagindo novos cúmplices. A luta contra a fraude em sinistros pode parecer assustadora. Nossa missão é mudar a percepção de que a fraude é simplesmente um fator de custo ao fazer negócios.
A Inteligência Artificial tem uma aplicabilidade singular neste assunto, tendo a capacidade de analisar padrões e apontar discrepâncias, cruzando de forma instantânea dezenas de fontes de dados, interpretando leis e regulamentações e entendendo a dinâmica em que sinistros ocorreram e foram reportados, gerando com uma alta assertividade a suspeita de fraudes, sejam elas oportunistas, fraudes desenvolvidas ao longo do tempo que muitas vezes passam despercebidas ou redes de participantes com atitudes fraudulentas.
Em nosso Website preparamos um artigo completo, indicando como atuar para evitar perdas mais profundas, as armadilhas em implementar automações, entre outros, acesse pelo link.
Jeremy Jawish é o CEO e cofundador da Shift Technology. Ele, entendeu que a detecção de fraudes era uma área do setor de seguros que estava pronta para a disrupção, enquanto trabalhava com uma importante seguradora global. Lá, foi plantada a semente de como a inteligência artificial e a ciência de dados avançada poderiam ser usadas para ajudar os profissionais de seguros a tomar as melhores decisões possíveis durante todo o ciclo de vida das apólices e dos sinistros. Jawish, juntamente com os cofundadores Eric Sibony e David Durrleman, transformou a ideia em realidade e agora as seguradoras de todo o mundo confiam nas soluções nativas de IA da Shift para ajudá-las a resolver alguns de seus maiores desafios.