Ultima atualização 11 de outubro

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Seguros enfrentam desafios com mudanças climáticas e furacão Milton

furacão
(FOTO: Reuters)

EXCLUSIVO – O impacto das mudanças climáticas no mercado de seguros se intensifica a cada novo evento extremo. O recente furacão Milton, que devastou diversas regiões, traz à tona a vulnerabilidade de setores-chave e a crescente necessidade de proteção adequada contra desastres naturais. Para seguradoras e resseguradoras, o aumento na frequência e severidade desses eventos climáticos impõe desafios substanciais na precificação de apólices e no desenvolvimento de coberturas abrangentes.

Agronegócio, seguros de propriedades, especialmente os ramos de automóveis e residências, estão entre os mais vulneráveis ​​às mudanças climáticas. A frequente ocorrência de enchentes, vendas e furacões coloca esses setores em risco constante. “O agronegócio tem sido duramente afetado, mas também vemos um aumento significativo nas ocorrências em outros segmentos da indústria e em construções”, aponta Fernando Martinez, fundador e CEO da Beyond Seguros.

Além disso, o furacão Milton e as enchentes no Brasil revelam que o impacto não se limita a uma região ou tipo de cobertura. “As perdas climáticas estão se tornando mais frequentes e severas, o que torna os dados estatísticos usados ​​pelas seguradoras e resseguradoras desatualizadas”, diz.

Soluções oferecidas pelas seguros

Apesar dos desafios, as garantias estão buscando soluções para apoiar empresas e indivíduos. No Brasil, a oferta de coberturas ainda é limitada em comparação com mercados mais desenvolvidos. “Ainda temos muitas restrições de limites e coberturas no Brasil. Nos Estados Unidos, já existe um leque completo de coberturas que oferece proteção total”, comenta Martinez.

Beyond seguros
Fernando Martinez, CEO Beyond Seguros

Essa diferença de abordagem reflete a maturidade do mercado de seguros em cada país, mas os esforços estão sendo feitos para trazer mais opções ao Brasil. O setor de seguros, cujo princípio básico é o mutualismo, está se reinventando para atender a uma demanda crescente de proteção contra eventos climáticos. As seguradoras estão expandindo suas carteiras para novas regiões, buscando pulverizar os riscos, como forma de aumentar a sustentabilidade do sistema. “Temos visto um investimento das garantias em angariar novos clientes para diluir os riscos e se preparar para o aumento na frequência de desastres naturais”, afirma o executivo.

Para empresas e residências, as coberturas essenciais contra esses eventos incluem incêndio, alagamento e vendaval. Ele ressalta que a cobertura de incêndio, que pode ser causada por um dano elétrico ou queda de raio, é tão importante quanto ao alagamento e vendaval.

Desafios e novas promessas

A criação de novas agências, que atendem a uma demanda crescente por proteção, é outro desafio do mercado. Com eventos como o furacão Milton e as enchentes no Brasil, empresários e seguradores estão cada vez mais atentos à abrangência das coberturas. “Essas catástrofes fizeram com que os empresários ficassem mais atentos às suas apólices e que as seguradoras redigissem cláusulas mais abrangentes”, ressalta o CEO da Beyond.

O setor de seguros está em constante evolução, impulsionado pela necessidade de adaptar suas soluções às mudanças climáticas e proteger seus clientes de maneira mais eficaz. O caminho a seguir exige inovação e colaboração entre empresas, resseguradoras e governos para mitigar os impactos e preparar melhor as regiões mais vulneráveis.

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