Ultima atualização 01 de novembro

Seguro residencial cresce no Brasil, mas adesão ainda é baixa

Considerando os últimos anos mapeados pela FenSeg, 2,8 milhões de residências passaram a ser protegidas pelo seguro entre 2017 e 2021

A atenção com a necessidade de contar com um seguro apropriado tem aumentado no Brasil. Isso foi apontado por um levantamento da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), que revelou um aumento de 25% no Índice de Penetração do Seguro Residencial entre 2017 e 2021. Considerando os últimos anos mapeados pela FenSeg, foram 2,8 milhões de residências que passaram a ser protegidas pelo Seguro Residencial, chegando a um total de 12,7 milhões de residências.

Apesar do crescimento, ainda é um número pequeno se comparado ao total de lares no país, cuja estimativa é superior a 70 milhões. A soma fica bem abaixo em uma comparação com os EUA, onde estima-se que 95% das casas e apartamentos tenham algum tipo de seguro. Ainda assim, 60% dos lares americanos não contam com uma cobertura completa.

“Contratar um seguro pode ser complicado para muitas pessoas, pois trata-se um universo com linguagem por vezes técnica e também com regras muito específicas”, detalha Tiago Prado, CEO da BRZ Insurance, insurtech brasileira que atua focada na venda de seguros para a comunidade de brasileiros e latinos que moram nos EUA,. “No caso dos Estados Unidos, onde atuamos atendendo a comunidade latina, há um complicador a mais, pois cada estado tem suas leis específicas, o que pode gerar confusão. É por isso que temos uma equipe de brasileiros para atender o consumidor de uma maneira personalizada, com toda a paciência e respeitando o conhecimento de cada um para oferecer sempre a melhor opção”, revela.

Escolher errado uma cobertura tão relevante pode trazer prejuízos, e outros equívocos ao se acionar o seguro também prejudicam o processo. A BRZ Insurance lista uma série de erros que podem ser cometidos nesse momento e que trazem consequências:

– Não ler a apólice: Dessa forma, o segurado fica sem saber exatamente o que está contratando, quais são as coberturas, limites e exclusões. O contratante pode acreditar que sua casa está protegida de enchentes porque tem uma cobertura para “refluxo de água”, mas danos de inundação normalmente são excluídos do seguro residencial e têm que ser adquiridos à parte, por exemplo.

– Não ter a cobertura adequada: O cliente precisa conhecer muito bem as suas coberturas, mas principalmente, conhecer os seus riscos. Quanto mais detalhado for o relato na hora de cotar o seguro, as coberturas serão mais adequadas às necessidades de cada um.

– Não ter um inventário da casa: Outro erro ao acionar o seguro residencial que pode ser evitado antes de qualquer coisa. O inventário facilita no cálculo dos prejuízos e aumenta a confiabilidade do futuro claim de personal property. Confiar na memória, ainda mais em momentos difíceis, pode ser uma má ideia.

– Desprezar a manutenção da casa: É importante estar em dia com as manutenções básicas da residência, afinal, o seguro não vai cobrir danos por negligência.

– Falhas de comunicação: A maioria dos erros ao acionar o seguro residencial é resultado disso. O cliente precisa ser detalhista ao apresentar o sinistro, descrever os danos à casa com precisão e relatar as perdas de bens e outras consequências do ocorrido.

– Demorar demais: Os danos não melhoram com o tempo, pelo contrário, quanto mais o tempo passa, mais graves eles podem se tornar. Se uma parte da casa foi destelhada, por exemplo, e criou um vazamento no sótão, com o passar do tempo essa situação vai piorar muito. Segurados costumam ter até um ano para apresentar um sinistro (dependendo do estado em que moram), mas não há vantagem em adiar a solução de um problema, pelo contrário, ele pode aumentar.

– Não buscar ajuda em grandes sinistros: Sinistros grandes e caros podem ser muito complexos e levar meses para serem resolvidos. Enquanto isso, pode ser necessário lidar com ajustadores de seguros e muita papelada.

– Não documentar danos: A documentação é importantíssima, incluindo fotos do que aconteceu e de como as coisas eram antes para servir de referência.

– Limpar a área muito rápido: Tudo no local do acidente é evidência para o futuro, por isso alterar o lugar onde o dano aconteceu ou descartar “provas” vai atrapalhar o processo. É importante manter um histórico completo de documentos durante o processo de sinistro. Não fazer isso pode ser um erro grave de reivindicação de seguro residencial.

– Acionar o seguro com muita frequência: É de extrema importância avaliar o dano ocorrido na casa antes de acionar o seguro. É necessário que o cliente considere os custos de franquia, de reparo e da substituição do bem, mas também o seu histórico de claims. Quanto mais reclamações de seguro residencial no histórico, mais caras serão as taxas de seguro residencial, já que estatisticamente quem sofre mais acidentes tem mais chances de sofrer outros em um futuro próximo. Clientes arriscados recebem prêmios mais altos.

O seguro residencial é um serviço que pode trazer benefícios para quem deseja preservar sua casa ou apartamento de eventuais danos ou roubos. No entanto, é preciso estar atento às condições e às coberturas oferecidas pelas seguradoras, bem como aos direitos e deveres como consumidor. Assim, é possível evitar surpresas desagradáveis e garantir uma maior segurança e conforto.

N.F.
Revista Apólice

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