“Nos primeiros nove meses deste ano, assistimos a um robusto crescimento em nosso volume de negócios e no lucro operacional, bem como no lucro líquido básico. Também fortalecemos ainda mais nossa posição em termos de solvência, registrando 212%. Nosso foco na execução e na eficiência operacional possibilita um crescimento rentável com margens saudáveis, e isso coloca a Allianz em uma trajetória excelente para atingir as metas. Estamos confiantes em confirmar nossa meta de lucro operacional prevista de 14,2 bilhões, mais ou menos 1 bilhão de euros. Nossa resiliência como empresa reflete as vantagens características de nossa escala global, nosso mix de negócios diversificado e os níveis mais elevados do setor em confiança e engajamento que conquistamos junto aos nossos stakeholders”, diz Oliver Bäte, CEO do Grupo Allianz.
Volume total de negócios
3T 2023: o volume total de negócios subiu 4,5% e atingiu 36,5 bilhões de euros, impulsionado pelo segmento de Ramos Elementares (P&C) que se beneficiou com os preços e volumes mais elevados, ao passo que o crescimento do segmento de Vida/Saúde se deveu, principalmente, aos fortes volumes dos produtos tipo single-premium nos Estados Unidos. Esse crescimento foi parcialmente compensado pela redução nas receitas provenientes de ativos sob gestão (AuM) em nosso segmento de Gestão de Ativos.
O crescimento interno, com ajustes por transposição cambial e efeitos de consolidação, foi de 9,3%, impulsionado pelos segmentos de Vida/Saúde e Ramos Elementares (P&C).
9M 2023: o volume total de negócios aumentou 4,7%, chegando a 122,1 bilhões de euros, estimulado pelo segmento de Ramos Elementares (P&C), apoiado por Vida/Saúde, e parcialmente compensado pelo desenvolvimento em nosso segmento de Gestão de Ativos.
O crescimento interno foi de 7%, puxado pelo segmento de Ramos Elementares (P&C).
Receitas
3T 2023: O lucro operacional foi de 3,5 (3T 2022: 4,1) bilhões de euros, após recuo de 14,6%. Essa redução se deve, principalmente, a um resultado operacional mais baixo nos serviços de seguros de Ramos Elementares (P&C), causado por um nível excepcionalmente elevado de indenizações por catástrofes naturais.
O lucro líquido básico (core net income) dos acionistas declinou para 2,1 (3T 2022: 2,9) bilhões de euros, em função do lucro operacional e do resultado não operacional menores. No exercício anterior, o resultado não operacional se beneficiou com a transação da Voya.
O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de 2 (3T 2022: 2,9) bilhões de euros.
O lucro por ação ajustado (Core EPS)3 foi de 16,62 (9M 2022: 12,97) euros.
O retorno sobre o patrimônio líquido (RoE) anualizado3 foi de 15,8% (ano cheio de 2022:
12,7%).
9M 2023: o lucro operacional cresceu 3,6%, atingindo 11 (9M 2022: 10,6) bilhões de euros. Isso se deveu, sobretudo, a um resultado de investimento operacional mais alto em Vida/Saúde, apoiado pelo segmento de Ramos Elementares (P&C). O lucro operacional de Gestão de Ativos evoluiu em linha com as receitas menores provenientes de AuM, sendo parcialmente compensado pelas taxas de desempenho mais elevadas e pela redução nas despesas.
O lucro líquido básico (core net income) dos acionistas foi de 6,8 (9M 2022: 5,4) bilhões de euros devido ao lucro não operacional menor no período anterior, relacionado com a provisão do AllianzGI US Structured Alpha, e ao lucro operacional maior no período atual.
O lucro líquido atribuível aos acionistas foi de 6,4 (9M 2022: 5,3) bilhões de euros.
Índice de capitalização Solvency II
O índice de capitalização Solvency II foi de 212% no final do 3T 2023, comparado a 208% no final do 2T 2023. Incluindo a aplicação de medidas transicionais para provisões técnicas, o índice de capitalização de Solvency II foi de 238% no final do terceiro trimestre de 2023, ante os 235% registrados no final do segundo trimestre de 2023.
Destaques por segmento
“Os resultados deste trimestre, caracterizado por alta inflação e tensões geopolíticas, demonstram mais uma vez a força e a resiliência do nosso modelo de negócio diversificado. Nosso negócio de Ramos Elementares (P&C) exibiu um saudável crescimento interno, o qual manteve um bom equilíbrio entre aumentos nas taxas e maiores volumes. Demos apoio aos nossos clientes impactados pelo nível excepcionalmente elevado de catástrofes naturais, o que também afetou nossos resultados”, afirma Giulio Terzariol, CFO do Grupo Allianz.
“O forte crescimento do PVNBP em nosso segmento de Vida/Saúde é a comprovação de que nossa proposta de valor é atraente para os nossos clientes, em um ambiente competitivo. Juntamente com as saudáveis margens de novos negócios, isso sinaliza boas perspectivas para a futura rentabilidade operacional. Em um ambiente caracterizado por inflação e volatilidade do mercado de capitais, nosso negócio de Gestão de Ativos registrou mais um trimestre com entradas líquidas positivas. O resultado operacional foi bem suportado por nossa base de ativos resiliente. Nossa capacidade de crescer e gerar retornos atraentes para nossos stakeholders conta com o apoio de uma excelente posição de capital com índice de solvência de 212%”, diz Terzariol.
Seguro P&C: Crescimento acentuado do negócio
3T 2023: o volume total de negócios aumentou em 6,1% e chegou a 17,2 (16,2) bilhões de euros. Ajustado para efeitos de transposição cambial e de consolidação, o crescimento interno foi robusto com 10,8%, devido a um efeito de preço de 5,3%, um efeito de volume de 4,9%, e também a um efeito de serviço de 0,6%. Entre as unidades do Grupo, as que mais contribuíram foram Turquia e Allianz Partners.
O lucro operacional recuou em 25% e ficou em 1,4 (1,9) bilhão de euros, devido a um resultado operacional de serviços de seguros mais baixo, gerado pelo nível excepcionalmente elevado de catástrofes naturais, o qual foi parcialmente compensado pelo maior resultado operacional de investimento.
O índice combinado cresceu 3,7 pontos percentuais e alcançou 96,2% (92,5%). O índice de sinistralidade avançou em 3 pontos percentuais e foi para 71%, refletindo os sinistros muito mais elevados decorrentes de catástrofes naturais. O coeficiente de despesas subiu 0,7 ponto percentual, registrando 25,1% (24,4%), sobretudo em função de um coeficiente de despesas administrativas mais elevado.
9M 2023: o volume total de negócios teve alta de 8,7%, totalizando 58,9 (54,2) bilhões de euros. Ajustado para efeitos de transposição cambial e consolidação, o crescimento interno foi muito forte, com 11,2%, graças ao efeito de preço de 6,1%, ao efeito de volume de 4,9% e ao efeito de serviço de 0,2%. Entre as unidades que mais contribuíram para isso estão a Allianz Partners e Turquia.
O lucro operacional subiu 1,1%, ficando em 5,3 (5,2) bilhões de euros, motivado por um resultado operacional de investimento mais alto.
O índice combinado teve aumento de 0,5 ponto percentual e chegou a 93,5% (92,9%). O índice de sinistralidade registrou alta de 0,4 ponto percentual e ficou em 68,5%, devido principalmente ao resultado do run-off menos favorável. Isso foi compensado, em parte, pela redução nas grandes perdas e pelo impacto favorável dos descontos. O coeficiente de despesas permaneceu estável em 24,9% (24,8%).
Seguro Vida/Saúde: O poder de receitas saudáveis
3T 2023: O PVNBP, o valor atual dos prêmios dos novos negócios, teve alta de 14,4 (13,5) bilhões de euros, puxado primordialmente pelos maiores volumes na Itália e nos Estados Unidos, sendo parcialmente compensado por efeitos de transposição cambial nos EUA, na região Ásia-Pacífico e Turquia, assim como por impactos econômicos adversos devidos, basicamente, aos descontos na Alemanha, França e Itália.
Lucro operacional encolheu ligeiramente para 1,3 (1,4) bilhão de euros, empurrado sobretudo por efeitos de transposição cambial relacionados à adoção das normas contábeis IFRS 17 nos EUA no ano anterior. A publicação da Margem de Serviço Contratual (CSM) permaneceu estável em 1,3 (1,3) bilhão de euros.
A Margem de Serviço Contratual (CSM) decresceu para 52,1 (52,9) bilhões de euros devido aos desdobramentos econômicos desfavoráveis, com taxas de juros majoradas e mercado acionário de em baixa, e também a uma correção de custo na Alemanha. Os novos negócios e o esperado retorno das atividades em curso ficaram abaixo dos números do trimestre anterior, o que levou a um crescimento normalizado de 0,7% no terceiro trimestre.
A Margem de Novos Negócios (NBM) ficou em 6,2% (6,5%). O Valor dos Novos Negócios (VNB) permaneceu estável em 0,9 (0,9) bilhão de euros, com volume majorado na Itália e um melhor mix de negócio na Ásia-Pacífico.
9M 2023: o PVNBP baixou para 50,6 (51,1) bilhões de euros, incluindo impactos econômicos desfavoráveis decorrentes, basicamente, dos descontos na Alemanha, França e Itália, e contrabalançados pelo acréscimo em volume nos EUA.
O lucro operacional aumentou para 3,8 (3,2) bilhões de euros, pois o ano passado foi afetado sobretudo por impactos transicionais vinculados à adoção das normas contábeis IFRS 17 nos Estados Unidos. A publicação da Margem de Serviço Contratual (CSM) ficou estabilizada em 3,7 (3,7) bilhões de euros.
A Margem de Serviço Contratual (CSM) se manteve estável em 52,1 (52,2) bilhões de euros, com ligeira redução desencadeada pelo terceiro trimestre. O crescimento normalizado foi de 3,3%.
A Margem de Novos Negócios teve alta de 5,9% (5,7%), impulsionada pela economia favorável de modo geral em todas as unidades. O Valor dos Novos Negócios se manteve estável em 3 (2,9) bilhões de euros, com um modesto acréscimo devido a maiores volumes e impactos econômicos favoráveis.
Gestão de Ativos: Entradas líquidas positivas
3T 2023: as receitas operacionais totalizaram 2 bilhões de euros, registrando queda de 2,7%, visto que as taxas de desempenho mais elevadas foram mais do que compensadas pela redução nas receitas provenientes de ativos sob gestão. Com os ajustes por efeitos de transposição cambial, as receitas operacionais tiveram alta de 3,3%.
O lucro operacional ficou estável comparado ao mesmo período do ano anterior, com 788 (787) milhões de euros. Com os ajustes para efeitos de transposição cambial, o lucro operacional aumentou 6,5%. O Rácio de Custos/Receitas (CIR) teve melhora e ficou em 60,5% (61,6%).
Os ativos de terceiros sob gestão totalizavam 1,670 trilhão de euros em 30 de setembro de 2023, registrando aumento de 8 bilhões de euros em relação ao final do segundo trimestre de 2023. Os efeitos de transposição cambial favoráveis, de 34,4 bilhões de euros, e as entradas líquidas positivas, de 10,5 bilhões de euros, foram amplamente neutralizados por efeitos de mercado de 37,1 bilhões de euros.
O total de ativos sob gestão foi de 2,162 trilhões de euros ao final do terceiro trimestre de 2023, uma redução de 1 bilhão de euros em relação ao final do segundo trimestre do ano, alinhado com os resultados estáveis para os ativos de terceiros sob gestão, incluindo entradas líquidas de 9,9 bilhões de euros.
9M 2023: as receitas operacionais recuaram 5,9%, ficando em 5,8 bilhões de euros, devido principalmente ao resultado da redução nas receitas provenientes de AuM. O lucro operacional ficou em 2,2 (2,4) bilhões de euros, uma queda de 7,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Com os ajustes para efeitos de transposição cambial, o lucro operacional baixou 5,8%. O Rácio Custos/Receitas (CIR) subiu para 61,7% (61%). Os ativos de terceiros sob gestão somavam 1,670 trilhão de euros em 30 de setembro de 2023, um aumento de 35 bilhões de euros desde o final de 2022.
N.F.
Revista Apólice