EXCLUSIVO – A Câmara Brasileira de Arbitragem é um Tribunal de Justiça privado e reconhecido como meio de resolução de demandas judiciais. Ela existe desde 1996 e seus processos, apesar de correrem de forma mais acelerada do que na justiça comum, ainda demandam um bom tempo de espera. A startup Arbitralis surgiu para lidar com esta dor da demora, digitalizando todas as fases do processo.
Apesar de não ser especializada no mercado de seguros, a Arbitralis percebeu a dor do setor. A LawTech transforma um processo que era feito de forma manual, antiga, e digitaliza tudo. “Toda a comunicação com os árbitros e com as partes é feita pela plataforma, que fornece resumo aos árbitros, para que eles possam dar a sentença de forma mais rápida. Era um gargalo que víamos no judiciário”, aponta Henrique Freitas, co-fundador e líder de operações da Arbitralis.
Hoje, a taxa para processos simples é de 800 reais, com redução de cerca de 84% para o tempos de resolução. O tempo médio de duração dos processos é de cerca de um mês.
As partes interessadas entram na plataforma com toda a documentação digitalizada, online, que fica à disposição dos árbitros. Estes, fazem toda a análise e, em caso de necessidade de oitivas, elas são realizadas 100% online, através de plataformas de videoconferência.
“Com todo o fluxo que criamos, temos capacidade de atender mais de mil processos por mês. Hoje, a média mensal é de duzentos casos. Como começamos há pouco tempo, sabemos que o futuro é promissor”, antecipa Freitas. A lawtech atende empresas do setor de energia solar e imobiliário na grande maioria dos processos.
“Eu tinha a dor do empresário, que vê um Brasil cheio de golpes e entende que era algo que poderia mudar a cultura do ‘jeitinho’. Temos o desejo de trazer a justiça mais para perto com menos tempo, custo e agilidade para democratizá-la”, sentencia Freitas.
Kelly Lubiato
Revista Apólice