Ultima atualização 16 de janeiro

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Celebrando 188 anos, MAG Seguros registra lucro de R$ 150 milhões

Seguradora vendeu R$ 60 milhões e bateu o recorde de 6 milhões de clientes em 2022. Dados foram apresentados durante o Congresso Potencialize
Nilton Molina e Helder Molina
Nilton Molina e Helder Molina

EXCLUSIVO – Para comemorar os 188 anos de existência, a MAG Seguros promoveu hoje, 13 de janeiro, o Congresso Potencialize no espaço ExpoMAG, localizado na capital carioca. O principal objetivo do evento é promover a capacitação e desenvolvimento dos colaboradores, parceiros e corretores, reunindo especialistas e os principais executivos da companhia para falar sobre as tendências e inovações do mercado de seguros.

Em 2022, a MAG Seguros vendeu R$ 60 milhões em prêmios, bateu o recorde de 6 milhões de clientes, pagou R$ 736,1 milhões em benefícios e registrou um lucro líquido de R$ 150 milhões. “A forma como o negócio é feito muda com uma rapidez que não percebemos. Acompanhar os desenvolvimentos, novidades e processos do setor é indispensável, pois nenhum cliente vai fechar negócio se não soubermos comunicar o que oferecemos. Precisamos sempre trazer novas informações e atender as demandas do consumidor”, disse Nuno David, diretor Comercial de Marketing da seguradora. 

Para Helder Molina, presidente da companhia, um dos principais motivos para a MAG ter alcançado esses resultados foi a maior conscientização do brasileiro sobre os riscos que ele está exposto e a simplificação da marca, que passou por um rebrading há três anos. “Se essa tendência vai durar, não sabemos, mas o nosso mercado deve trabalhar para que as pessoas não esqueçam do quanto o seguro pode ser um apoio e fazer parte do planejamento financeiro. Temos um gap de 80% da população sem seguro de vida, e independente de qualquer cenário há espaço para mudarmos essa realidade. Vamos nos concentrar em melhorar processos, focando em trazer produtos acessíveis A solução para o nosso setor passa por educação”.

Segundo o executivo, o futuro do seguro é on-demand. “Nessa categoria de produto podemos começar a despertar nos jovens essa necessidade de estar protegido. A inteligência artificial também é uma ferramenta que ajudou a empresa a melhorar o atendimento ao cliente e a análise de risco. Das nossas leads, 12% conseguimos reverter. Estamos caminhando para implementar a nossa linha de bem-estar, que vai servir como uma alternativa aos planos de saúde”. 

Economia

Na primeira palestra do Congresso, focada no tema ‘O que esperar do Brasil em 2023’, Rafael Ferri, CEO e fundador da Startups Br, abordou as perspectivas econômicas para o país. Segundo o especialista, uma das dificuldades do mercado brasileiro é a falta de conhecimento por parte da população sobre investimentos e educação financeira. Segundo o especialista, o BC terá que baixar o juros mesmo em um cenário adverso para estimular financiamentos. No cenário macro econômico, o PIB global deve crescer 2% e haverá um movimento de desglobalização, o que deve gerar uma menor dependência da China e redução da produtividade.

“Sempre haverão oportunidades, e principalmente após a pandemia o cenário econômico mudou muito. Em 2022 o PIB do Brasil ficou em 3,2% e a economia está sendo incentivada para continuar crescendo, pois o Governo investiu em diversas mudanças e outras serão implementadas. Em 2023, o IPCA pode subir para 5,8% com o aumento de impostos sobre combustíveis. Entretanto, a expectativa para a taxa de investimento contratada pelas empresas para 2023 é a menor em 25 anos, mesmo com a Bolsa estando no nível mais barato dos últimos 30 anos.. A verdade é que a economia só vai avançar se a política permitir, e o Brasil é um dos mercados mais baratos do mundo. Os riscos locais no curto prazo são a escalada autoritária jurídica e o rompimento ou a aliança do PT com o Congresso, o que pode gerar retrocessos. Já no longo prazo, os obstáculos brasileiros são a desigualdade e os riscos climáticos”, afirmou Ferri.

Sucesso

Já no segundo painel, que tratou o tema ‘Vendas, Crescimento e Liderança’, Bruno Nardon, sócio e co-fundador da G4 Educação, falou sobre o que as empresas de sucesso têm em comum e como alinhar metas. De acordo com o empresário, as organizações que melhor se adaptam às mudanças são as que mais se destacam no mercado, tendência acelerada com a pandemia. “Crescimento eficiente, foco no cliente, maturidade do negócio e equipes qualificadas são alguns diferenciais que auxiliam na conquista de melhores resultados”, disse. 

Para Nardon, identificar os pontos fracos do negócio, medir e encontrar padrões, analisar dados e melhorar a jornada do consumidor ajudam a aumentar as vendas. “É necessário observar o cenário para além da empresa, entendendo a fase de vida e necessidades do seu cliente para entender os diferentes públicos alvos do seu produto. Informações desse tipo auxiliam no desenvolvimento de serviços, impulsionando o crescimento da empresa. Além disso, as lideranças das companhias devem estar alinhadas a este propósito e focadas na aquisição e retenção desses clientes. Não podemos tratar as coisas pela média, pois ao fazer isso diversas chances de negócio são desperdiçadas. A tecnologia está aí para nos ajudar, mas é nosso dever interpretar os processos e pessoas. Quando a expectativa é alinhada, não existem surpresas”. 

Longevidade

Com mediação da jornalista Mara Luquet, o quarto painel abordou a longevidade e seus principais desafios. Para Nilton Molina, presidente do conselho da MAG, esse tema deve ser de interesse de todas as gerações, pois o envelhecimento da população impacta socialmente e economicamente o mundo todo. “A sociedade não está preparada para enfrentar a longevidade em todos os aspectos. Infelizmente não teremos recursos para pagar a aposentadoria dessas pessoas. Por isso, o seguro de vida deve cada vez mais estar em foco e fazer parte do planejamento financeiro das pessoas. Portanto, é necessário que o Governo e empresas invistam em educação financeira”.

Segundo Denise Maidanchen, CEO na Quanta Previdência Cooperativa, o principal desafio da longevidade é a sua dualidade, pois viver muito pode não significar viver bem. “O envelhecer mudou. Antigamente a expectativa de vida era de 40 anos, e hoje uma pessoa chega em média nos 80 anos. Entretanto, a negligência das pessoas faz com que elas não vivam com qualidade de vida. É necessário incentivarmos o empreendedorismo voltado para os 60+, que representa 20% dos consumo de bens e serviços no Brasil. Dessas pessoas, 80% está insatisfeita com os produtos que consomem, pois eles não são desenvolvidos para elas, mas sim adaptados. Outro desafio é a educação financeira e capacitação dos idosos, que são as maiores vítimas de golpes e fraudes. Vemos empresários focados no público mais jovem, e esquecer os idosos é perder negócios e a oportunidade de promover inclusão social”.

Inovação 

Martha Gabriel, professora e palestrante, abordou a importância da inovação no dia a dia. De acordo com a especialista, com a aceleração da digitalização, os problemas da população mudaram e a tecnologia, desde que usada corretamente, pode ajudar a resolvê-los. “Uma pessoa mediada empoderada pela tecnologia torna-se melhor do que um expert de qualquer área trabalhando sem ela. Ninguém será substituído por robôs, mas sim por humanos que saibam usar melhor as ferramentas digitais. Sendo assim, precisamos criar produtos e processos que agreguem valor de forma ampla e, especialmente, perceptível para o público”.

Para ela, um dos grandes problemas das empresas é confundir inovação com invenção. “A sociedade muda, os serviços mudam. Uma boa gestão precisa de inovação todos os dias, pois o ritmo do mundo está mais ágil e isso exige transformações diárias para oferecer a melhor solução. Quem inova sempre está sujeito ao erro, mas está mais próximo do sucesso. Devemos sair do automático para a criatividade fluir. Os acertos e erros não são pontos finais, mas vírgulas para novas ideias”. Segundo Martha, pequenas mudanças em produtos e processos podem virar uma grande oportunidade de negócios. 

Cooperativismo

Com o tema “Mercado do Cooperativismo” e a mediação de Helder Molina, o quinto painel trouxe a visão de especialistas do mercado de seguros e finanças para falar sobre a união de pessoas com interesses em comum. Segundo o Dr. Remaclo Fischer, presidente da Unicred, as empresas devem ter o propósito de engajar e aproximar seus colaboradores para conquistar melhores resultados, o que pode gerar novos produtos e serviços. “Entretanto, de nada adianta o lado social sem resultados. Proximidade gera relacionamento, bom atendimento e novos negócios e credibilidade”. 

Para Cledir Magri, presidente da Cresol, um dos principais pilares do cooperativismo é o investimento em treinamentos e capacitação dos times, incorporando os valores e missões da cooperativa. “Temos o dever de valorizar e preservar os valores desse setor. Um propósito é aquilo que nos movimenta, e estar em constante transformação não é fácil. Nesse momento, fizemos uma análise de como o mercado se comporta para entender quais são as demandas do segmento. Precisamos estar alinhados com produtos, serviços e soluções financeiras que estejam desenhadas de acordo com a realidade de cada pessoa. 

Miguel Ferreira, presidente do Conselho de Administração do Sicoob, afirmou que a parceria com a MAG Seguros foi fundamental para o planejamento da cooperativa. “Devemos conectar pessoas para promover justiça financeira, que não para apenas na oferta do produto, mas sim a liberdade financeira. A missão do seguro é muito parecida com a do cooperativismo. O sentimento de pertencimento do cooperado é a essência da inclusão financeira, atingindo regiões que não contam com a estrutura de uma instituição financeira tradicional e focando na união das pessoas em prol da coletividade”. 

Para Helder, a grande preocupação da seguradora é indenizar e amparar as famílias em momentos difíceis, o que está ligado ao cooperativismo. “90% das famílias que tiveram um ente que morreu de Covid-19 não tiveram um apoio financeiro. Para proteger mais pessoas, o foco do mercado de seguros deve ser navegar por novas oportunidades. Algumas necessidades básicas da população que nosso setor ainda não cobre, e é nisso que devemos focar”. 

Nicole Fraga
Revista Apólice

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