Ultima atualização 31 de outubro

Fundadores da Navarra Tech desenvolvem solução voltada para seguros cibernéticos

Em uma realidade cada vez mais digital, em que as empresas estão a todo tempo imergindo no universo virtual e proporcionando aos seus clientes serviços e produtos mais eficientes e interativos, a segurança cibernética tem sido um ponto crucial para permitir que esse ambiente continue em uma crescente e ofereça confiança para todos seus usuários. Pensando nisso, os fundadores da Navarra Tech, startup localizada em Florianópolis (SC), acaba de lançar uma ferramenta gratuita de avaliação da segurança cibernética, focada na adequação das empresas para a obtenção de seguros cibernéticos. A ideia é facilitar o processo de obtenção do seguro, mapeando os principais problemas e indicando o que fazer para solucioná-los.

“A Armada é uma ferramenta gratuita, que permite que a empresa interessada em um seguro preencha um formulário simples com perguntas-chave, descrevendo  sua segurança cibernética. No final do processo, ela recebe o feedback se está ou não apta. Caso não esteja, a empresa terá em mãos uma lista contendo os pontos que precisam ser endereçados na sua política de segurança cibernética, assim como uma lista de  empresas parceiras capazes de auxiliar a resolver esses pontos. A proposta que temos com esse avaliador é acelerar e facilitar o acesso e enquadramento de empresas para o seguro cibernético”, explicou o CEO da Navarra Tech, Daniel Barra.

A iniciativa surgiu a partir de um problema identificado logo no início da etapa de aquisição de seguros cibernéticos. Segundo Daniel, normalmente as empresas interessadas preenchem um formulário denso e extenso com perguntas que buscam entender o modelo de negócios, porte da empresa e seu nível de segurança. “Por serem formulários extensos, eles acabam consumindo horas dos funcionários das empresas, dos assessores de segurança e dos corretores de seguro. Além do tempo demandado para o preenchimento dos formulários, no final do processo de cotação de uma empresa que não foi aprovada para obter o seguro, não existe um feedback sobre o motivo pelo qual ela foi recusada, quais pontos de segurança ela deveria endereçar para que pudesse se tornar elegível a um seguro. Esse procedimento de cotação torna todo o processo ineficiente tanto para as seguradoras quanto para as empresas proponentes”, comenta o CEO.

Brasil é o 5º país do mundo com mais ataques cibernéticos

Se 2021 ficou marcado como um dos períodos com mais ataques cibernéticos, quando empresas como Lojas Renner, CVC, Serasa Experian e plataformas como Facebook e LinkedIn tiveram seus clientes e usuários expostos ou seus sistemas inoperantes, em 2022 o Brasil se tornou o 5º país do mundo com mais ataques cibernéticos e o 2º da América Latina. 

De acordo com os dados da Fortinet, empresa de soluções em segurança cibernética, o Brasil registrou no primeiro semestre de 2022, 31,5 bilhões de tentativas de ataques. O número é 94% superior na comparação com o primeiro semestre do ano passado, quando foram 16,2 bilhões de registros. 

No cenário mundial, os ataques resultaram em um prejuízo de 6 trilhões de dólares, acendendo um alerta para as empresas, que buscam agora  novas formas de se proteger.  A utilização de seguros cibernéticos não tem sido procurada apenas pelas empresas, mas também por seus fornecedores, já que em 72% dos casos são a porta de entrada para ataques.

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