De janeiro a agosto, o mercado de títulos de Capitalização cresceu 15,7% sobre igual período de 2021, com receitas que totalizaram R$ 18,31 bilhões. Para a FenaCap (Federação Nacional de Capitalização), o resultado é uma consolidação das ações implementadas nos últimos anos. O setor diversificou produtos, canais, meios de pagamento, condições de preço, prazo, volumes e valores de sorteios.
Denis Morais, presidente da entidade, explica que o setor tem uma grande capacidade de se acoplar a outros produtos e mercados. Ao longo dos anos, a Capitalização se desenvolveu a partir das necessidades dos públicos de interesse e passou a oferecer soluções simples que, combinadas com sorteios, são capazes de atender de maneira diferenciada a novas e crescentes demandas da sociedade. “Hoje, somos capazes de atender às demandas de praticamente todos os segmentos de negócios”, complementa.
Por regiões, o Nordeste apresentou maior crescimento (24,3%), seguido do Norte (24,2%), Centro-Oeste (20,7%), Sul (14,9%) e Sudeste (13,1%). As reservas técnicas, que medem a robustez financeira do setor, totalizaram R$ 36,2 bilhões, alta de 7,1%.
Outro ponto importante foi o aumento nos recursos pagos em sorteios e resgates, um relevante incremento e injeção de recursos à economia, cujo montante superou R$ 14,5 bilhões, o maior já registrado na Capitalização.
Os títulos tradicionais continuam liderando as vendas, com 73% da receita, seguidos pela modalidade de Filantropia Premiável (12%), Instrumento de Garantia (11%), Incentivo (3%). Popular e Compra Programada somam 1%.
Nos títulos de Filantropia Premiável, o consumidor cede o direito de resgate de sua reserva para uma instituição previamente credenciada pelas empresas de Capitalização, permanecendo com o direito de concorrer a prêmios. De janeiro a agosto, esses produtos contribuíram com um apoio recorde de mais de R$ 978 milhões às entidades que realizam ações voltadas ao trabalho social.
N.F.
Revista Apólice