O mundo passou por importantes transformações desde o ápice da crise sanitária desencadeada pela Covid-19. E entre as inúmeras reflexões que a pandemia provocou, a maior conscientização das pessoas sobre a importância do autocuidado e da prevenção com a saúde se destaca como uma das mais significativas.
Segundo estudos conduzidos pela empresa americana de pesquisa e análise de mercado The Harris Poll¹, sobre as prioridades para o futuro, os entrevistados passaram a dar mais importância à saúde física (71%) e emocional (64%) do que antes da pandemia. Na mesma linha, a pesquisa World Mental Health Day 2021, realizada pela Ipsos com participantes de diversos países, aponta índices elevados de brasileiros que dizem pensar muito sobre o bem-estar mental (75%) e físico (74%), e em patamares superiores às médias globais, de 53% e 68%, respectivamente.
É inegável que prevenção e cuidado ganharam ainda mais atenção da sociedade, com as pessoas agora ainda mais conscientes sobre a própria saúde, como seu bem maior e inegociável. Esse reposicionamento da saúde como prioridade, de forma individual e coletiva, é, definitivamente, um dos legados da pandemia.
Esse interesse crescente por cuidados com a saúde também se reflete nas demandas dos beneficiários pelas iniciativas de autocuidado oferecidas pela Bradesco Saúde. Levantamento recente do programa de Saúde Emocional, que oferece acompanhamento de psicólogos em sessões por vídeo e chat, registra aumento de 65% no total de participantes, na comparação do primeiro semestre deste ano com igual período do ano passado. O cenário atípico fez com que muitas pessoas buscassem pela primeira vez tratamento psicológico. Mais da metade dos pacientes (53,4%) atendidos pelo programa nunca havia feito terapia antes da pandemia.
Além do aumento de quadros de estresse e ansiedade, o isolamento durante as fases mais agudas da crise sanitária também teve como efeitos negativos a alimentação não balanceada e o sedentarismo. A reação tem sido o aumento exponencial na busca por qualidade de vida. Prova disso foi o salto de mais de 300%, na comparação dos cinco primeiros meses de 2022 com todo o ano passado, no número de participantes do programa de orientação nutricional e esportiva, em que oferecemos atendimento de nutricionistas e profissionais de educação física, também de forma online.
A adesão a esses programas confirma, aliás, um outro importante aspecto que diz muito sobre a mudança comportamental da população, decorrente do distanciamento que precisamos vivenciar na pandemia: as pessoas estão mais familiarizadas com o modelo remoto de atendimento, que cresce como alternativa na busca pelos cuidados com a saúde.
Entramos, agora, em um novo momento, em que o setor de serviços em saúde precisa se reinventar e pensar em diferentes formas de fazer a assistência chegar até o paciente, enquanto a sociedade testa novas formas de produzir, consumir e se relacionar, seja de forma presencial, virtual ou híbrida. Uma solução que a Bradesco Saúde tem levado às empresas são as cabines de saúde, com profissionais que prestam consultas e exames a seus funcionários. Pioneiras no mercado, essas cabines foram concebidas como uma solução inovadora para atender a essa demanda por prevenção em saúde. A estimativa é que, até o final deste ano, atenda a 80 mil pessoas passando por diferentes nas companhias.
Como apontam as pesquisas e os nossos programas internos, a saúde e o bem-estar, essa harmonia entre físico e emocional, vêm antes de tudo, e são cada vez mais valorizados. Promover esse equilíbrio é construir felicidade, e impacta diretamente e positivamente em todos os aspectos da vida em sociedade: produtividade pessoal e profissional, relacionamentos interpessoais e a tão almejada qualidade de vida.
* Por Maria Beatriz Padilha, superintendente Executiva da Bradesco Saúde