Após encerrar o último mês do ano passado com desempenho muito positivo, no primeiro mês do ano, a contratação de seguros foi 16,1% menor na comparação com dezembro de 2021. A melhor base de comparação, porém, é contra o mês de janeiro do ano anterior, que registrou um crescimento importante de 6,4%, totalizando um volume de R$ 26 bilhões (sem Saúde e DPVAT), revela a nova edição da publicação Conjuntura CNseg nº. 66, da Confederação Nacional das Seguradoras.
Segundo o editorial assinado pelo presidente da entidade, Marcio Coriolano, o primeiro trimestre do ano, isoladamente, não terá potencial para indicar a capacidade de manutenção de taxas de evolução setorial, tendo em vista que os efeitos do processo eleitoral, da política econômica e dos conflitos geopolíticos serão fatores decisivos na composição dos cenários.
Coriolano avalia que esse efeito interanual global de 6,4% levou a que a taxa anualizada dos seguros (comparação de 12 meses móveis terminados em janeiro) superassem a já alta taxa do final do ano passado. Essa evolução anualizada passou de 11,9% para 12,1%, um ganho real de 3,4%.
O destaque do mês de janeiro foi o segmento de Danos e Responsabilidades, que teve crescimento na casa de dois dígitos, 20,2% na comparação entre os meses de janeiro de 2022 e 2021. O produto Automóveis registrou a maior alta mensal interanual desde julho de 2013 e encerrou o mês com R$ 3,4 bilhões em prêmios diretos, 19,6% acima do arrecadado em janeiro de 2021. Já o segmento de Cobertura de Pessoas acumulou quase R$16 bilhões, representando leve crescimento de 0,3% em relação ao primeiro mês de 2021.
O interesse por produtos do segmento de Capitalização manteve a tendência de alta registrada nos últimos meses do ano passado. Os Títulos de Capitalização registraram desempenho mais alto de 6,1% em janeiro em relação ao mesmo mês do ano passado.
N.F.
Revista Apólice